O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do estado do Pernambuco lamenta o assassinato da militante Aline da Silva, travesti Sem Terra que residia no acampamento Malhada no município de Arcoverde (PE). Aline integrava o Coletivo de Juventude e era uma jovem atuante nas atividades do Movimento. Uma das últimas atividades que participou foi na Caravana da Resistência pelo Semiárido Lula Livre.
Ela foi assassinada na madrugada do dia 19/08 com uma facada no pescoço quando estava saindo de uma festa por um homem que não a conhecia, simplesmente a viu no ponto de ônibus e decidiu feri-la. No momento em que o fascismo vem crescendo enquanto bloco politico e ideológico, que tem por líder Jair Bolsonaro, que relativiza as mortes das mulheres e LGBT, tem avançado o ódio, a violência e a injustiça. Por conta disto, a cada dia aumenta violência contra as mulheres e LGBT.
Infelizmente perdemos uma LGBT Sem Terra para a transfobia, uma militante que lutava pela terra, que tinha o sonho de viver em uma sociedade onde poderia ser reconhecida. Esse fato não é isolado, soma-se às estatísticas do país que mais mata travestis e transexuais, só em 2018 foram 163 mortas. Nos solidarizamos com a família que perde sua filha Aline. O MST lamenta a perca de uma militante participativa, alegre que nos ensinava no cotidiano da luta que a transexualidade e a transvertilidade fortalecem a luta por uma sociedade mais justa e igualitária.
Aline da Silva presente!
O sangue LGBT também é sangue Sem Terra!