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Milhares de estudantes vão as ruas contra o aumento das passagens em POA

Por Luiz Müller.

Mas estudantes sozinhos não conseguem impedir aumento e ataque a direitos de aposentados, idosos e cobradores de ônibus que são ameaçados através de Aplicativo da Prefeitura Municipal.  

O pior mesmo, é que durante a reunião do Conselho Municipal de transportes, que decidiu sobre o aumento do preço das passagem, um Dirigente Sindical dos Rodoviários, que além de pensar na sua categoria, como trabalhador, deveria pensar também na classe trabalhadora como um todo, comprou as dores do empresariado e partiu pra cima de representante dos estudantes no Conselho, como descreve matéria da Zero Hora, que também reproduzo a seguir:

Marcha com centenas de estudantes ocorre deste às 8h da manhã desta sexta-feira (9) em Porto Alegre contra a possibilidade de aumento da passagem de ônibus. O Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu) se reúne às 10h na EPTC para definir sobre o reajuste de 11% que pode elevar o valor dos atuais R$ 4,05 para R$ 4,50.  A passeata teve concentração de secundaristas – que são os mais mobilizados contra o aumento – em frente ao Colégio Parobé, na avenida Loureiro da Silva, próximo ao Centro. A movimentação provocou bloqueio na avenida e congestionamentos no entorno. Os manifestantes com faixas dizendo “R$ 4,50 é roubo” saíram pelas ruas, e seguem pela Avenida Mauá até o centro, onde devem protestar em frente à sede da Prefeitura. A brigada Militar acompanha a manifestação, mas não fez estimativa de participantes. Outra demanda dos estudantes é a manutenção do benefício da meia passagem, ameaçada após projeto da prefeitura enviado à Câmara de Vereadores em julho do ano passado. Lideram o movimento entidades como União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre (Umespa), União Gaúcha dos Estudantes (Uges), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e grêmios estudantis.  – Com informações do Jornal do Comércio

E com Informações da Zero Hora, a matéria sobre as agressões no Conselho Municipal de Transportes

Aumento de 6,17% na tarifa de ônibus é aprovado com mudanças na segunda passagem

Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) aceitou a sugestão da prefeitura de manter gratuidade no segundo trecho só para estudantes. Valor ficou em R$ 4,30.  

Terminou em confusão a reunião do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) que, nesta sexta-feira, definiu o novo preço da passagem de ônibus em Porto Alegre. Foram aprovados o valor de R$ 4,30 e a volta da cobrança de 50% da segunda passagem — hoje, a tarifa é de R$ 4,05 e a segunda passagem é gratuita (em um intervalo de 30 minutos entre viagens). O aumento de 6,17% já foi sancionado pelo prefeito Nelson Marchezan e começa a valer na terça-feira (13).

Ao final das duas horas de reunião, uma briga entre conselheiros exigiu que a Brigada Militar fosse chamada. O atrito foi entre o representante do Sindicato dos Rodoviários, Emerson Dutra, conhecido como Balinha, e o funcionário da União Municipal dos Estudantes Vinicius Anversa. Em um desdobramento de uma discussão ocorrida durante a reunião, eles trocaram socos e chutes, e outros conselheiros  se envolveram na briga.

A pancadaria coroou um encontro marcado pela tensão entre os conselheiros. Após a primeira votação, uma declaração da presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Porto Alegre (Umespa), Vitória da Silva Cabreira, foi interrompida por diversas vezes pelo presidente do conselho e por Balinha, o que provocou exaltação de ânimos — durante a discussão, Vinicius repreendeu o rodoviário por interromper Vitória. A presidente da Umespa fez críticas ao reajuste, que motivou protestos dos estudantes na manhã desta sexta-feira.

—A gente acha que o valor de R$ 4,05 já é injusto pela qualidade do transporte público de Porto Alegre. Mas também porque a proposta aprovada está acima da inflação. Achamos que isso é um roubo — defendeu a estudante, que teve a mão machucada durante a confusão e registrou um Boletim de Ocorrência depois da briga.

A votação deu-se em dois momentos: primeiro, os conselheiros deram seu parecer sobre o relatório técnico da EPTC, que calculou a tarifa em R$ 4,50. Depois foi feita uma nova consulta, sobre o retorno da cobrança de 50% na segunda passagem, derrubado por decisão judicial em 2018. A aprovação da mudança, segundo cálculos da EPTC, tem impacto de R$ 0,20 sobre o valor da passagem, que ficou em R$ 4,30. Umespa, CUT, Brigada Militar e Fetapergs foram as únicas entidades a votar contra o reajuste da tarifa e a cobrança de 50% da segunda passagem.

—Temos a responsabilidade de manter o sistema funcionando. Enquanto tivermos esse modelo, custeado pelo usuário, teremos essa situação (o reajuste). A cobrança de matade da segunda passagem retira um benefício, mas o desconto de R$ 0,20 vai atingir todos os usuários. São escolhas que temos que fazer — justificou o presidente do Comtu ao final da votação.

Conforme a EPTC (Empresa Pública de Transportes e Circulação), um dos principais fatores para o reajuste é a diminuição no número de usuários do sistema de ônibus. Segundo o laudo, os passageiros pagantes teriam diminuído quase 11% no último ano — o valor da passagem é uma divisão do custo do sistema pelo número de usuários pagantes. A nova tarifa deve ser questionada na Justiça: integrantes da oposição se mobilizam para entrar com uma ação contra o acréscimo.

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