Por Notícias Desbloqueadas.
Em média, mais de 10 crianças em Gaza perderam pelo menos um membro diariamente desde 7 de Outubro, muitas vezes em operações realizadas sem anestesia, informou a organização Save the Children. Este número alarmante reflecte as graves consequências humanitárias do enclave palestiniano após mais de três meses de bombardeamentos israelitas. A situação crítica foi destacada por Jason Lee, diretor da ONG para os territórios palestinianos ocupados, que enfatizou o imenso sofrimento dos menores neste conflito, considerando-o desnecessário e completamente evitável.
A Save the Children também destacou declarações de James Elder, porta-voz da UNICEF, que, depois de visitar Gaza, informou em 19 de dezembro que cerca de 1.000 crianças perderam uma ou ambas as pernas desde 7 de outubro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também foi citada como tendo relatado uma falta crítica de suprimentos médicos em Gaza, o que levou à realização de operações sem anestesia.
O Ministério da Saúde de Gaza relatou a morte de pelo menos 22.835 palestinos e 58.416 feridos desde o início do conflito. Embora as Forças de Defesa de Israel afirmem não ter como alvo civis, acusam o Hamas de utilizar infra-estruturas civis como escudos. Além disso, a agência da ONU para os refugiados palestinos salienta que quase 90% da população de Gaza foi deslocada à força. A UNICEF alerta para uma tripla ameaça às crianças: conflitos, subnutrição e doenças. Os casos de diarreia em crianças menores de cinco anos aumentaram 2.000% e 90% das crianças menores de dois anos sofrem de “grave pobreza alimentar”.