Milagro Sala tem 53 anos, nasceu na Argentina, em 1964. Ela é uma líder militante, uma líder social, uma líder indígena em Jujuy, província que fica ao norte, na fronteira com a Bolívia.
Quando recém-nascida, foi abandonada na porta de uma igreja dentro de uma caixa de papelão. Foi adotada por uma família de classe média. Aos 14 anos, descobriu sua verdadeira história. Saiu de casa, foi morar na rua. Aos 18 anos foi presa, ficou sete meses na prisão. Fez greve de fome e se tornou responsável pela cozinha, tentando melhorar a qualidade da comida das outras presas. Aos 25 anos, adotou legalmente 12 crianças, 12 meninos de rua.
Milagro Sala é a líder de uma agrupação chamada “Tupac Amaru”. Uma espécie de grande cooperativa, que começou construindo moradias populares em regime de mutirão. Pequenas casas, isso inclui como apartamentos, casas de 54 metros quadrado.
Ela construiu nos últimos 14 anos quatro mil casas, além de um bairro de mais 1800 casas, no subúrbio de Jujuy a uns dez quilômetros do centro da cidade. Construiu três escolas, dois centros de saúde, nesses bairros. Esses pequenos condomínios possuem biblioteca, auditórios, quadra de esportes e piscina.
Milagro Sala foi presa ilegalmente no dia 16 de janeiro de 2016, e permanece até hoje, enquanto organismos internacionais como a ONU e o Parlasur (parlamento do Mercosul) pedem ao governo argentino sua imediata libertação.
Presa política, está sendo acusada de incitação à violência e tumulto, por encabeçar um protesto na província de Jujuy, contra as mudanças impostas pelo governador Gerardo Morales no sistema e programa de cooperativas.
Confira os sites: http://www.libertadamilagro.com.ar/