Por Guilherme de Almeida Soares.
Em um vídeo publicado na última quinta-feira (6) em sua página de Facebook, Michel Temer desesperado para reverter a desaprovação de inúmeros brasileiros contrários a reforma da previdência voltou a dizer inúmeras mentiras sobre o tema, respaldado pelo STF que permitiu a divulgação de informações mentirosas sobre a reforma da previdência. Temer que conforme falamos em outros textos vive com um super – salário e inúmeras outras mordomias, teve a capacidade de dizer ’’que a reforma da previdência tem como objetivo buscar a igualdade na sociedade’’ e que é ’’uma medida que vai ser benéfica com os mais pobres e rígida com os mais ricos’’.
Caberia perguntar a Temer qual formula magica que ele vai usar para alcançar a sua ’’igualdade ’’ fazendo com que a maioria da sociedade trabalhem até 65 anos para poder enriquecer uma minoria de grandes empresários e banqueiros. Que ’’igualdade’’ é essa que o Temer defende que amplia a terceirização, fazendo com que os trabalhadores percam direitos, aumenta a jornada de trabalho e reduz o salário.
Se esta medida tivesse a intenção de ser mais ’’rígida’’ com os mais ricos, teria que se taxar a fortuna dos grandes empresários e banqueiros, assim como deixar de pagar a divida externa para poder garantir uma aposentadoria digna para todos os trabalhadores. Mas isso nem se cogita a fazer, pois o governo golpista que segue dando golpes contra os trabalhadores está a serviço destes mesmos grandes empresários e banqueiros.
Neste vídeo Temer tem a capacidade de dizer que ’’os políticos vão perder a aposentadoria especial’’, mas em nenhum momento fala de uma medida efetiva para fazer com que estes ganhem o mesmo salário do que um professor da rede pública. E depois diz que no ’’Brasil não tem espaço para privilégios’’, sendo que ele e seus aliados, sem nunca ter trabalhado de verdade, usufruem de maneira absurda benefícios imensamente maiores que estes que ele diz ser contra.
Talvez para o Temer, privilégio não é o salario dos políticos e funcionários de alto escalão, mas sim o PIS, direito que 22 milhões de trabalhadores que ganham até dois salários possuem e que o governo de forma criminosa pretende cortar. Como já afirmamos em outro texto, a desculpa oficial é para garantir a aposentadoria dos trabalhadores rurais, mas sabemos que este dinheiro é menos do que é gasto todo mês para pagar a divida pública.
Michel Temer também disse quem estiver perto de se aposentar não vai ser atingidos pela reforma da previdência, mas sinalizou que acontecerá ’’mudanças transitórias’’ para esta parcela que se encontram nesta situação. Uma forma bem cínica e demagógica de esconder os ataques que virão.
No final do vídeo, Temer faz o tradicional terrorismo dizendo que a cada dia que passa o rombo da previdência aumenta e ainda fala que esta medida é uma responsabilidade de todos, em outras palavras, que os trabalhadores aceitem estes ataques calados e que não se repita a paralisação que ocorreu no dia 15 de março. E depois hipocritamente diz que esta medida serve para garantir o futuro de todos.
Fonte: Esquerda Diário