Foi localizado na manhã de sexta-feira (6) o corpo do jornalista mexicano Edgar Daniel Esqueda Castro. O fotógrafo havia sido raptado por homens armados um dia antes no estado de San Luis Potosi, no México. Seu corpo foi encontrado nas trilhas México-Laredo nas proximidades do Aeroporto Internacional Ponciano Arriaga.
A esposa do jornalista afirmou que eles dormiam quando estranhos entraram em sua casa. “Disseram que eram agentes ministeriais, levaram Edgar pela garganta e o jogaram no chão, enquanto eles me apontavam uma arma”, disse ela.
“A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu justiça para identificar o mais cedo possível os responsáveis por este crime hediondo e garantir a segurança de sua família”, disse Emmanuel Colombié, diretor do Escritório da América Latina da RSF.
Edgar Daniel Esqueda Castro trabalhou para o jornal Metrópoli San Luis e o jornal digital Vox Populi de San Luis Potosí, onde cobria a seção policial. Ele também colaborou com jornais locais El Heraldo e Plano Informativo. Foi criador do Informar Potosino.
Em junho de 2017, quando cobria uma cena do crime, a polícia pegou sua câmera e o forçou a apagar as imagens. Depois disso, Castro apresentou uma queixa à Comissão Estadual de Direitos Humanos em San Luis Potosí. O Mecanismo Nacional de Proteção tomou consciência do caso e contatou jornalista para obter mais informações sobre sua situação de risco. Nenhuma medida de proteção foi concedida.
O México ocupa o 147º lugar entre 180 países no ranking mundial de liberdade de imprensa publicado pela RSF em 2017.
Fonte: Portal Imprensa.