Mesa, que incentivou destruição da casa de Evo, agora pede ajuda pra que não destruam a sua

A queima da casa da irmã de Evo Morales foi um dos motivos para a renúncia do ex-presidente, que não conseguia conter a escalada de violência promovida por manifestantes ligados a Mesa e a Luis Fernando Camacho

Casa de Morales após invasão | Reprodução/Twitter

Carlos Mesa, candidato derrotado nas eleições de 20 de outubro na Bolívia e um dos comandantes do golpe de Estado contra o ex-presidente Evo Morales, solicitou apoio das forças policiais para garantir que manifestantes não destruam sua casa. Em nenhum momento Mesa condenou os ataques às residências de Morales e a outras lideranças e parentes de lideranças do MAS, partido oficialista.

“Muitas pessoas me alertam indicando que uma multidão violenta vai à minha casa para destruí-la. Peço à Polícia Nacional que evite essa loucura”, publicou Mesa, que disputou a presidência pelo Comunidade Cidadã (CC), em suas redes sociais.

O plano golpista orquestrado por Mesa e Luis Fernando Camacho parece que não contava com a resposta dos movimentos sociais, que estão marchando para La Paz em defesa da democracia e das conquistas sociais dos últimos anos. Derrotado nas eleições, o dirigente do CC desconheceu o resultado, afirmou que houve fraude e insuflou a população.

Morales e uma série de lideranças do MAS apresentaram renúncia. Governadores, deputados, senadores, ministros e a presidenta do Tribunal Supremo Eleitoral deixaram seus postos em meio ao avanço da violência dos golpistas no final de semana, que queimaram casas e perseguiram parentes dos moralistas.

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