Objetivo do material produzido pela União Pró-Vacina é que as pessoas compartilhem os áudios pelo WhatsApp para fazer frente às fake news que circulam em redes familiares.
Reprodução de trecho do artigo produzido por Thais Cardoso e publicado em vermelho.org.br
Formato de fácil viralização, as mensagens de áudio no WhatsApp estão se tornando grandes aliadas contra a desinformação. Integrantes da União Pró-Vacina, grupo de instituições que atua no combate a informações falsas sobre imunização, criaram uma série de mensagens desse tipo explicando e esclarecendo as principais fake news sobre vacinas para disparar na rede social.
Segundo o estudante de graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP e guia da ONU no Projeto Halo, Wasim Syed, que também faz parte da União Pró-Vacina, a ideia surgiu a partir de uma análise dos conteúdos recebidos por WhatsApp pelos próprios integrantes do projeto. “Grande parte das fake news que saem sobre vacinas e coronavírus são disseminadas por áudios enviados por pessoas que estão conversando com alguém da família. Isso viraliza muito mais do que vídeos e qualquer informação correta”, diz ele.
A partir dessa constatação, o grupo começou a adaptar conteúdos já postados em outras redes sociais, como o Facebook e o Instagram, para mensagens de áudio. O roteiro padrão inclui a pergunta, a apresentação do integrante que está narrando e a explicação correta, sempre embasada em fontes confiáveis, como revistas científicas.
“O áudio é ainda mais acessível para as pessoas porque ela não precisa saber ler para entender o conteúdo da mensagem. É diferente de um artigo ou um post um pouco maior no Facebook. Um áudio você só escuta. E a linguagem que estamos usando nessas peças é bem simples”, explica Wasim.
Mensagens para compartilhar no Whatsapp
As mensagens esclarecem mitos tradicionais, como a possibilidade de vacinas causarem autismo, e até mesmo informações falsas que ganharam destaque com o lançamento de vacinas contra a covid-19, como a ocorrência de alterações no DNA a partir da imunização. Os disparos são feitos duas vezes por semana pelos próprios integrantes.
A iniciativa começou no final de dezembro e, segundo os idealizadores, tem dado bons resultados. “Uma das mensagens que fizemos falava sobre um possível impacto da velocidade de desenvolvimento das vacinas em sua qualidade, sua eficácia e sua segurança. Era um áudio curto, de aproximadamente dois minutos. E circulou tanto que, em pouco tempo, uma colega recebeu a mensagem em um grupo de caronas. Ou seja, está tendo o efeito esperado”, comemora o estudante.
Wasim acredita que o formato é promissor não apenas para as ações da União Pró-Vacina, mas também para outras iniciativas semelhantes. “Se esse tipo de mensagem realmente viralizar como esperamos, pode ser uma opção interessante para grupos de divulgação científica ou que atuam contra fake news”, diz ele.
Sobre a União Pró-Vacina
A União Pró-Vacina é uma iniciativa organizada pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo Ribeirão Preto da USP em parceria com o Centro de Terapia Celular (CTC), o Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), a Ilha do Conhecimento, a Vidya Academics, o Gaming Club da FEA-RP, o Instituto Questão de Ciência e o Pretty Much Science.
O objetivo é unir instituições acadêmicas e de pesquisa, poder público, institutos e órgãos da sociedade civil para combater a desinformação sobre vacinas, planejando e coordenando atividades conjuntas.
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