Por Ana Carolina Peplau Madeira, de Florianópolis, para Desacato.info.
Representantes do Sindicato dos Empregados em Empresas de Vigilância e Segurança Privada Prestadora de Serviço no Município De Florianópolis SC (Sindvig Florianópolis) estiveram reunidos ontem, 18, às 10h, com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de Santa Catarina (Sindesp-SC), na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). A audiência de conciliação durou quatro horas.
Debaixo do sol escaldante, aos 31ºC, cerca de 200 grevistas aguardaram pelo resultado. O sindicato patronal manteve-se irredutível. O presidente do Sindvig, Luiz Carlos da Silva colocou em votação a proposta de reajuste de 12% no salário-base e vale-alimentação de R$ 17,50. Ainda na frente da DRT, com número menor de vigilantes, foi aprovada a indicação patronal.
Ao todo, foram aproximadamente 16h30 de greve, menos de um dia. O salário da categoria vai de R$ 1.155,47 para R$ 1.294,13. O Sindesp manteve a ideia original por saber o perfil dos seus contratados, maioria homens com apenas o Ensino Fundamental, que precisam sobreviver e proteger o patrimônio e o dinheiro de seus carrascos, mas não conhecem seus direitos plenamente. Terceirizados, nem todos trabalham armados e, mesmo os que precisam destas ferramentas, ficam em seus postos de trabalho totalmente expostos.
Caso recente da morte do vigilante Eder James Correa da Silveira, 52 anos, em assalto ao lado do supermercado Angeloni, na última terça-feira (16/02) comoveu a todos. Já na assembleia geral da classe, no dia seguinte, foi realizado um minuto de silêncio em respeito ao seu falecimento. Pela Rede Social, Facebook, diversos vigilantes reclamaram de assédio moral, perigo na sua profissão e da necessidade de abrir mais vagas femininas. O piso salarial de Santa Catarina é o menor da região Sul do país (mesmo com o aumento). O sindicato patronal ofereceu o INPC (11,27%) no salário atual e o vale-alimentação de 15 para 17 reais, no entanto, a proposta foi recusada pela categoria durante assembleias anteriores.
