De acordo com a família da criança, a Polícia Militar (PM) entrou na rua atirando. “Eles não respeitaram, não queriam saber o que tinha na rua, já foram atirando.. Começaram a atirar e eu me apavorei e ela gritou: vó, está doendo, está doendo”.
De acordo com a família de menina baleada na noite desta quarta-feira (01), na Vila Prudente, Zona Leste de São Paulo, o tiro partiu de um policial militar. A ocorrência se deu durante operação de rotina. A menina continua internada em estado instável, com a bala alojada no ombro.
Maria Helena Pereira Rodrigues, avó da criança, afirma que os policiais da Tropa de Choque chegaram atirando e depois que a menina foi baleada, os policiais não a ajudaram.
“Do jeito que eles viraram já foram atirando. Eles não respeitaram, não queriam saber o que tinha na rua, já foram atirando.. Começaram a atirar e eu me apavorei e ela gritou: “vó, está doendo, está doendo”. Quando eu passei a mão nela estava pingando sangue. Aí eu comecei a gritar por eles [policiais], me ajuda. Eu falei: me ajuda. E eles: vai lá pra frente, se vira”, disse Maria Helena.
A Polícia Militar disse que os policiais estavam em patrulhamento de rotina na comunidade e foram agredidos durante uma abordagem, mas negam que tenham atirado.
“O que chegou pra nós e ainda precisa ser confirmado é que a criança foi atingida por uma arma de fogo – o que precisa ser confirmado. O que chegou pra nós é que os policiais não revidaram os disparos que foram contra eles. O que chegou pra nós até agora é que não houve disparo de arma de fogo”, disse o major Miguel Elias Daffara, da PM.
Depois que a menina foi baleada, moradores da região começaram um protesto por volta das 23h. Os manifestantes tomaram ônibus e caminhões para protestar.
Fonte: Revista Fórum.