A fragilidade do governo de Michel Temer é tanta que, após cogitar uma reforma ministerial em fevereiro, depois da eleição para o comando do Congresso, desistiu da medida porque tem medo de aumentar a crise com a base aliada. Temer “até gostaria de mover mais peças na Esplanada, mas quer evitar tumultos desnecessários em sua base de apoio para não comprometer votações relevantes”. “Reforma ministerial nunca foi objeto de discussão em que eu estivesse presente”, disse o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O governo teme que qualquer movimento brusco geraria mais instabilidade ao governo.
Temer tinha a intenção de realizar uma reforma ministerial depois que os novos presidentes da Câmara e do Senado fossem eleitos, mas agora diz que não quer arriscar desagradar sua atual base de apoio com votações como a da reforma da Previdência em curso. A reforma ministerial tinha como objetivo principal tentar tirar possíveis alvos da Operação Lava Jato da equipe já que em oito meses de governo golpista, seis ministros de Temer tiveram que deixar o cargo, seja por envolvimento em escândalos de corrupção ou denunciando tentativas de o governo querer abafar a Operação Lava Jato.
Fonte: Portal Vermelho.