MEC quer censurar disciplina sobre o golpe na UnB

O Ministro da Educação de Temer, Mendonça Filho, pediu apuração de improbidade administrativa dos responsáveis pela criação da disciplina "O golpe de 2016 e o futuro da democracia", na Universidade de Brasília. A disciplina deve ser oferecida em caráter eletivo no próximo semestre.

O MEC vai acionar a Advocacia-Geral da União (AGU), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público para apurar a criação da disciplina. O ministro de Temer acusa os responsáveis pela criação da disciplina de “apropriação do bem público para promoção de pensamentos político-partidários”.

A disciplina será oferecida em caráter eletivo pelo Instituto de Ciência Política (IPOL) da UnB. Segundo o instituto, pretende analisar o golpe institucional de 2016 e o governo de Michel Temer, que é colocado como uma agenda de retrocessos nos direitos e restrição de liberdades.

As aulas devem começar em 05 de março e serão ministradas pelo professor Luis Felipe Miguel. A UnB alegou que cada unidade acadêmica tem autonomia para propor e aprovar conteúdos em seus órgãos colegiados, e reitera sua responsabilidade com a liberdade de expressão e opinião.

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