Um grupo de Mbya Guarani, ligados a família do Karai Alexandre Acosta, no dia 17 de setembro, retomou uma área de terra, considerada por eles como espaço ancestral e espiritual, no município de Cachoeirinha, Rio Grande do Sul.
A área retomada é conhecida, na região, como “Mato do Julio”, tem mais de 300 hectares de florestas, banhados e, segundo os Mbya Guarani, ela precisa ser protegida diante do avanço da especulação econômica, especialmente imobiliaria, já que está localizada nas margens da BR 290 e faz divisa com o centro da cidade.
A retomada expressa, mais do que ocupação territorial, ela é uma ação guiada, segundo o Karai- líder espiritual- Alexandre Acosta, por Ñhanderu – Deus- e tem as finalidades de resguardar, proteger e manter os seres num ambiente de harmonia, diante de tanta exploração e devastação.
Para os Mbya todos os seres são espirituais, precisam ser respeitados e cultivados numa relação integral, das pessoas com o ambiente.
O Cimi Sul expressa seu apoio e solidariedade às famílias Mbya Guarani em suas lutas por direitos, em defesa da terra e pela garantia da vida.
Porto Alegre, 17 de setembro de 2021/Cimi Sul-Equipe Porto Alegre.
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