Alvo do Facebook por manter uma rede de propagação de notícias falsas, o Movimento Brasil Livre terá de dar direito de resposta ao ex-governador baiano Jaques Wagner, candidato ao Senado pelo PT, por uma fake news publicada em suas páginas nas redes sociais no início de agosto.
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia concedeu o direito de resposta por causa de um vídeo em que supostamente Wagner aparece em uma manifestação a favor de Lula. O movimento diz que o parlamentar teria sido vaiado no estabelecimento, mas a defesa de Wagner diz que isso jamais ocorreu. O vídeo já foi deletado pelo movimento.
A desembargadora Gardênia Pereira Duarte concordou com a defesa de Wagner e decidiu que o MBL, além de Kim Kataguiri, líder do movimento, e Fernando Silva Bispo, devem dar espaço ao candidato para se defender. Segundo a desembargadora Gardênia Pereira Duarte, ” a cri?tica amparada em fatos e opinio?es reais, exposta de maneira regular, e? parte da disputa democra?tica, no entanto, quando o ponto de vista exposto ao pu?blico destoa destas balizas, compete ao Poder Judicia?rio, quando provocado, reparar os danos eventualmente causados a?s partes”.
Em sua defesa, o MBL afirma que o material divulgado não tinha relação com propagandas eleitorais, não destoa “do aceitável no âmbito democrático”. Segundo o movimento, “o material publicado não foi publicado originariamente nas contas dos Representados no Facebook, uma vez que os requeridos se limitaram a compartilhar o conteúdo publicado no site ‘O Antagonista'”.
Em julho, o Facebook retirou do ar uma rede de páginas e contas usadas para divulgação de notícias falsas, a chamadas fake news. Foram deletadas 196 páginas e 87 contas ligadas ao grupo ativista de extrema-direita Movimento Brasil Livre (MBL).