MBL cancela ato pró-golpe dos corruptos

Por Altamiro Borges.

As últimas pesquisas de opinião – com exceção do Datafolha, que “erra e persiste no erro”, segundo a crítica da própria ombudsman da Folha – apontam acelerado desgaste do “golpe dos corruptos” que afastou a presidenta Dilma. O índice de rejeição do Judas Michel Temer já bate recordes históricos, conforme comprova a sondagem divulgada nesta terça-feira (26) pelo instituto Ipsos. O usurpador é apoiado por apenas 6% dos brasileiros. Estas pesquisas – mais o grito de “Fora Temer” que contagia as ruas do país – explicam porque o grupelho fascista Movimento Brasil Livre (MBL) cancelou a sua participação nos atos em defesa do “golpe dos corruptos” agendados para o próximo domingo (31).

Em nota oficial divulgada nesta semana, a seita golpista – que até hoje não revelou as fontes do seu sustento – dá uma resposta esfarrapada para a sua desistência. “Considerando que, diferentemente das informações que tínhamos anteriormente, a votação do impeachment de Dilma no Senado acontecerá no final de agosto, e que temos recebido frequentes mensagens com reclamações sobre a data – por ser volta das férias escolares e por coincidir com as manifestações marcadas por grupos petistas – decidimos focar os nossos esforços em atos que serão marcados em data mais próxima da votação”. Os fascistas mirins talvez não leiam jornais e nem frequentem a escola, tamanha a desinformação.
A decisão do MBL foi acompanhada por outras duas gangues – Revoltados Online e Nas Ruas -, mas parece que desagradou os outros grupelhos. “Estamos firmes com praticamente todos os movimentos, foram só uns dois ou três que saíram. Todos os manifestantes estão sabendo dessa data e até agora é o nosso segundo evento com mais convidados no Facebook”,  alfinetou Rogério Chequer, líder do Vem Pra Rua. Nos bastidores, as diferenças entre estas seitas têm crescido. O MBL, que conquistou maior visibilidade – seu líder, Kim Kataguiri, já batizado de “Kinta Catiguria”, inclusive virou articulista da Folha -, parece que já decidiu trilhar o caminho institucional.
O projeto eleitoral dos fascistas mirins
Após enganar muitos “midiotas” com o discurso do apartidarismo, o MBL pretende lançar dezenas de candidatos a vereador e a prefeito nas eleições de outubro próximo. Matéria da Folha de 19 de julho informa que o fundador do movimento, Rubinho Nunes, disputará a prefeitura de Vinhedo, no interior de São Paulo. “Ele e Renan Santos fundaram, logo após a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014, o movimento ‘Renova Vinhedo’ para protestar contra a vitória petista. Em março do ano seguinte, já como MBL, eles convocaram a primeira manifestação nacional pelo impeachment”. Na prática, o projeto dos jovens “apartidários” já era eleitoreiro, mas eles esconderam a ambição dos “midiotas”.
Eles e outros fascistas mirins do MBL também nunca tiveram qualquer compromisso com o combate à corrupção. Apenas se travestiram de paladinos da ética para enganar os “coxinhas” desinformados. Tanto que Rubinho Nunes será candidato pelo PMDB de Michel Temer, Eduardo Cunha e de outros falsos moralistas. A matéria da própria Folha, também sem moral, apontou a falsidade dos líderes do MBL. “Questionados sobre a contradição de um movimento contra a corrupção lançar candidatos em partidos envolvidos na Lava-Jato, como o PMDB, os líderes dizem que é preciso ‘infiltrar’ pessoas e ideias novas em um sistema corrompido. ‘Tem alguns nomes do PMDB que decepcionam qualquer pessoa, mas, para exercer a política, você tem que estar dentro de um partido’, diz Rubinho”. Outro líder do MBL, Fernando Holiday, será candidato a vereador na capital paulista pelo DEM. Haja ética!

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