Maya Angelou, poetisa e militante do movimento negro, morre nos EUA

Maya_Angelou_e_Malcom_XA escritora e líder do movimento pelo direitos civis, Maya Angelou, morreu na manhã desta quinta-feira (29) nos Estados Unidos. Ela vinha apresentando problemas de saúde e recentemente cancelou uma participação programada em um evento especial a ser realizado em sua homenagem.

Angelou é considerada a principal escritora da comunidade negra e ainda jovem tornou-se a primeira mulher negra a ser roteirista em Hollywood no filme Georgia, Georgia. A autora publicou mias de 30 livros em sua carreira, entre eles o conhecido I Know Why The Caged Bird Sings (Eu sei porque canta o pássaro engaiolado), ainda sem tradução no Brasil, que conta as experiências difíceis de sua infância e adolescência pobre. Sua obra experimenta expandir os limites do gênero autobiográfico e trata de temas como racismo, identidade e família.

Ativista

Além de escritora, Angelou foi referência na luta pelos direitos civis nos EUA. Nos anos 60 foi amiga de Martin Luther King Jr. e com ele participou do movimento Conferência de Liderança Cristã do Sul (Southern Christian Leadership Conference-SCLC), além de ajudar Malcom X na criação da Organização da Unidade Afroamericana (Organization of Afro-American Unity-OAAU), trabalhando durante anos para o movimento de direitos dos negros. Também nos anos 60, ela trabalhou e viajou pela África, como jornalista e professora, ajudando vários movimentos de independência africanos.

Em 2000, ela foi premiada com a Medalha Nacional de Artes; em 2008 recebeu a Medalha Lincoln, e em 2011, a Medalha Presidencial da Liberdade. Além disso, já foi indicada para um prêmio Pulitzer, 3 Grammys pela gravação de seus poemas, e um Tony Awards por sua atuação na peça Look Away. Ela tinha 86 anos e nasceu em Saint Louis, Missouri.

Fonte: Caros Amigos.

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