Por Roberto Liebgott, Cimi Sul – Equipe Porto Alegre.
Mataram mais um irmão e eles, os inimigos, assassinam sem cessar, obrigando a Mãe Terra a chorar a dor, o sangue derramado e acolher, no seu útero, os corpos brutalizados.
Mataram mais um irmão, o emboscaram porque era lutador, estava ao lado de seu povo, Guarani Kaiowá, exigindo a demarcação e o fim das invasões.
Mataram mais um irmão, foram tantos nestes tempos, não há nem como contá-los, mas os assassinos seguem livres, protegidos e liberalizados para tocaiar.
Mataram mais um irmão em meio às disputas eleitorais e, mesmo nesse ambiente, os inimigos não dormem, eles seguem seus intentos genocidas, mas e os outros, até quando o silêncio cúmplice perdurará?
Mataram mais um irmão hoje e no dia de amanhã serão outras vítimas, mas os mesmos mandantes, pistoleiros e milicianos permanecem à espreita, em aliança com os poderosos de ontem, de agora e do futuro.
Mataram mais um irmão e tudo permanecerá como antes?
Porto Alegre, 13 de setembro de 2022.