O porta-voz da Marinha da Argentina, Enrique Balbi, confirmou nesta quinta-feira (23/11) que houve um “evento anômalo, curto, violento e não nuclear”, equivalente a uma explosão na região onde o submarino ARA San Juan entrou em contato pela última vez com a equipe em terra.
A informação da explosão foi repassada a Buenos Aires pelo embaixador argentino na Áustria, Rafael Gross.
“Recebeu-se uma informação sobre um evento anômalo, singular, curto, violento e não nuclear, consistente com uma explosão. O senhor embaixador na Áustria é membro também da Organização de Controle de Provas Nucleares, que conta com uma rede de estações sísmicas hidroacústicas para verificar precisamente a não realização de ensaios nucleares”, afirmou Balbi, em entrevista coletiva à imprensa.
Segundo o jornal Clarín, os familiares dos 44 tripulantes do submarino desaparecido foram informados do ocorrido pouco antes da imprensa. A entrevista de Balbi, ocorrida do lado de fora do prédio da Marinha, chegou a ser interrompida por uma pessoa que gritou “Mataram meu irmão, filhos da puta”.
A explosão foi registrada às 11h (12h em Brasília) do dia 15 de novembro, data do sumiço da embarcação, a cerca de 50 quilômetros ao norte do último contato, que foi feito por satélite quatro horas antes do desaparecimento.
A busca incessante pelo equipamento militar conta com a participação de mais de 10 países, incluindo o Brasil. A estimativa era que os tripulantes tivessem suprimento de oxigênio somente até a quarta-feira (22/11).
Fonte: Opera Mundi