Marcha pelos presos doentes em Donostia

(Português de Portugal).

Como a AN espanhola proibiu na terça-feira a marcha que hoje devia partir do Hospital Donostia com destino a Arrasate, os convocantes reuniram-se e decidiram que a marcha se devia circunscrever à capital guipuscoana, embora inicialmente se tenha pensado em fazer uma corrente entre Donostia e Arrasate.

Ao meio-dia, junto ao hospital, o franciscano Paulo Agirrebaltzategi deu início à marcha pelos presos com doenças graves, levando nas mãos uma cópia da Declaração Universal dos Direitos do Homem e uma cadeira – símbolo da situação de Iosu Uribetxebarria e que foi o testemunho transmitido pelos participantes na iniciativa, baptizada como «marcha da cadeira». Foi abordado pela Ertzaintza, que o identificou, mas a marcha pôde prosseguir.

Por volta das 13h00, a marcha chegou à CM de Donostia no meio de aplausos, tendo sido recebida pelo autarca, Juan Karlos Izagirre, e mais alguns representantes municipais. Izagirre pediu a libertação de todos os presos que têm doenças graves, afirmou não entender a proibição da marcha e incentivou os cidadãos a participar nas acções de protesto.

Às 14h30, Martxel Toledo (ESAIT) recebeu o testemunho, e a marcha prosseguiu em direcção a Aiete, onde chegou pelas 17h00. Uma hora depois, alcançou a Delegação do Governo espanhol na capital de Gipuzkoa e pelas 19h00, sob intensa chuva, regressou novamente ao Hospital Donostia, onde os participantes deram início a uma assembleia.

Manifestação no sábado

Depois da proibição da AN espanhola, catorze pessoas conhecidas da sociedade basca convocaram uma manifestação para este sábado, às 17h30, em Donostia, a partir do túnel de Antiguo. Em nome dos convocantes, Txaro Arteaga e Andoni Egaña criticaram duramente a proibição da marcha de hoje, considerando-a «uma estupidez política e um escândalo jurídico». Pediram à sociedade basca que se mobilize. / Fontes: Berria e naiz.info / Vídeos: Aulkiaren martxa (ateakIreki) / Fotos: Marcha da cadeira (Berria / naiz.info)

Diversas pessoas identificadas pela Ertzaintza em Gasteiz, num protesto solidário com Uribetxebarria

No âmbito de uma concentração organizada pelo movimento Herrira para exigir a libertação de Uribetxebarria, diversas pessoas acorrentaram-se à porta da Delegação do Governo espanhol em Gasteiz. Foram identificadas pela Ertzaintza. (Ver naiz.info)

O LAB adere à manifestação a favor dos presos doentes e denuncia a proibição da AN

Numa nota, o sindicato LAB fez saber que apoia a manifestação convocada para o próximo sábado em Donostia para pedir a libertação dos catorze presos políticos bascos que estão doentes. Na mesma nota, denuncia a proibição, pela AN espanhola, da marcha que hoje devia ter começado na capital guipuscoana com destino a Arrasate. / Ver: LAB e naiz.info

Fonte: http://paisbasco.blogspot.com.br/

2 COMENTÁRIOS

  1. Esta luta dos bascos se insere dentro de uma luta muito maior. Neste caso, há um preso em fase terminal, Iosu Uribetxeberria, e se está pedindo o cumprimento da lei: todos os presos em fase terminal têm direito a terminar a sua condena em casa. E é verdade, por enquanto, parece que eles estão mais preocupados pela sua independência do Estado espanhol do que exigir o fim das prisões.

  2. Existe algum preso que não esteja física ou mentalmente doente em consequência das próprias prisões? Eu vejo vários grupos pelo mundo lutando por determinados presos, esses ou aqueles, mas, não contra o fim das prisões. Isso é continuar legitimando as prisões, problematizando uns casos, mas silenciando sobre outros. Todo preso é um preso político. Por que gastar energia com apenas uns se podemos concentrar nossas forças na denúncia de todas as prisões e pelo fim das mesmas. Exigir melhores tratamentos para que continuem encarcerados depois de reestabelecidos?

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