Pulsar Brasil.
Jornalistas se manifestaram nesta terça-feira (13) nas ruas de Tegucigalpa, capital de Honduras. Houve repressão por parte da polícia hondurenha, que jogou gás lacrimogênio e usou armas de balas de borracha.
A repressão foi considerada mais uma prova de que não há liberdade de expressão em Honduras desde o Golpe de Estado de 2009. Os manifestantes usaram camisas pretas, cartazes e levaram velas para lembrar os 17 assassinatos de comunicadores desde o início do governo Porfirio Lobo, no poder desde janeiro de 2010.
No último dia 6, a jornalista Luz Marina Paz foi perseguida por dois motoqueiros enquanto dirigia seu carro, tendo recebido 36 tiros. Já Alfredo Landaverde, também perseguido por motoqueiros, foi assassinado no dia 7. O assessor do governo era conhecido por denunciar a infiltração do crime organizado na polícia hondurenha.
Diante da situação, o Congresso instituiu uma norma que proíbe que duas pessoas viajem em motocicleta. No dia 9, foram aprovadas também o uso de escutas telefônicas e a criação de uma nova polícia investigativa.
Denominada “Jornalistas pela vida e a liberdade de expressão”, a marcha reuniu cerca de 70 profissionais de diferentes correntes políticas, familiares de vítimas da violência e defensores de direitos humanos. Eles protestaram dizendo que “não se mata a verdade matando os jornalistas”.
Três dias antes, aproximadamente 500 jornalistas realizaram outro protesto com o mesmo objetivo, saindo da sede da Associação de Jornalistas de Honduras em direção à Casa Presidencial, no centro da capital Tegucigalpa.