A Organização Mundial da Saúde sugere que todo ser humano coma a cada três horas, com exceção feita a modelos anoréxicas e jornalistas. No nosso caso, ou se come ou se trabalha. Para jornalistas, almoçar e jantar num mesmo dia é um puta luxo. Se o pauteiro lhe mandar para um brunch, será o paraíso.
Beber demais é coisa do passado, a moda agora é consumo moderado. O romantismo jornalístico-cachaceiro acabou, e o fígado agradece. Mas não precisa exagerar na saúde. Nada de suco de clorofila, ok? Isso já é um atentado à profissão de jornalista.
Não abuse de atividades de alto impacto ou esforços intensos, como quatro pautas por dia ou vários fechamentos na semana. Busque alternativas mais leves, como folgar de vez em quando.
Adote técnicas de relaxamento. Já pensou em meditar no meio da redação enquanto espera o retorno da fonte? Só tome cuidado para não entrar em alfa e perder o deadline.
O sono é essencial. Se não for possível dormir oito horas por noite em sua cama, durma durante a coletiva de imprensa chata ou durante a reunião de pauta chata.
Rir faz bem à saúde. Ria do colega que chegar correndo à redação, escorregar e cair. Ria do dissídio do ano. Ria das piadas sem graça do seu chefe. Ria de si mesmo.
Sexo faz um bem danado para a saúde física, mental e até espiritual. Então, por que você não se desliga um pouco do jornalismo e arruma um tempinho? Não custa nada! Pode ser entre uma pauta e outra. Depois do plantão. No banco de trás do carro de reportagem?
Cuide da pele. Quando ficar 12 horas na porta de uma delegacia, num calor de 35 graus, cobrindo um crime bárbaro (jornalista adora este clichê), não esqueça o protetor solar. Aproveite para levar guarda-sol, cadeira de praia e um suco. Menos o de clorofila.
Eu sei que o seu plano de saúde não é lá essas coisas, mas fazer check-ups periódicos é recomendável. Dê atenção especial aos pontos mais vulneráveis do nosso organismo: coração, estômago, sistema nervoso e, claro, o bolso.