Jerusalém, 15 mai (EFE).- Os palestinos lembram nesta terça-feira, no dia do Nakba (“Desastre”), seus 64 anos de exílio e a usurpação de suas terras com manifestações em Israel e nos territórios ocupados da Cisjordânia e de Gaza.
Na cidade cisjordaniana de Ramala, os palestinos foram convocados para uma concentrarão na Praça do Mártir Yasser Arafat às 5h de Brasília, com o objetivo de chegar à praça principal, a Al Manara, uma hora depois.
A manifestação costuma terminar em frente ao posto de controle militar israelense de Kalandia, na direção de Jerusalém, em algumas ocasiões com enfrentamentos com soldados israelenses.
Há outro protesto convocado em frente à prisão de Ofer, em solidariedade aos reclusos, que ontem alcançaram um acordo com Israel para pôr fim a uma greve de fome iniciada em 17 de abril por cerca de dois mil deles.
Os participantes das manifestações de hoje levarão bandeiras palestinas e cartazes negros em referência à fuga ou à expulsão de suas famílias no atual território de Israel, o que afetou cerca de 750 mil palestinos entre 1947 e 1949.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) anunciou que suspenderá a atividade laboral e estudantil para favorecer a participação nos eventos do Nakba.
Em Gaza, representantes do Hamas, do Fatah e de outras facções palestinas chegaram a um acordo para organizar uma passeata conjunta na capital que irá do centro até a sede da ONU.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) emitiu ontem um documento sobre o impacto cultural do exílio palestino, no qual destaca que o Nakba significou a “redução de uma cultura vibrante e bem-sucedida a uma cheia de memórias amargas”.
Em janeiro, a Suprema Corte israelense deu sinal verde a uma lei aprovada no ano passado para que o Ministério das Finanças possa reduzir as subvenções a organismos públicos que lembrem a criação de Israel como um dia de luto.
Fonte: UOL
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