Mal chamado “Acordo do Século” de Trump afasta palestinos de Jerusalém

247 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou nesta terça-feira (28) um plano de paz para o Oriente Médio. O anúncio foi feito ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O plano prevê a adoção de dois Estados na região: Israel e Palestina, que passaria a ser reconhecida pelos EUA como um Estado soberano com capital em (partes de) Jerusalém Oriental, mas o mandatário estadunidense também disse que Jerusalém continuaria indivisível como capital israelense. Ele não disse como conciliaria as duas propostas.

Outro ponto da proposta é dobrar o tamanho da Palestina, ao dar um espaço no sul do território israelense aos palestinos para indústrias e residências. Também está sendo estudada a injeção de US$ 50 bilhões para a Palestina gerar 1 milhão de empregos.

Trump relembrou o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e das colinas de Golã como território israelense, duas decisões que geraram revolta no Oriente Médio. “Portanto, é razoável que eu tenha de fazer muito para os palestinos, ou não seria justo”, disse. “Quero que seja um grande acordo para os palestinos. É uma oportunidade histórica para eles, depois de 70 anos sem progresso”, acrescentou.

O projeto prevê garantia de visita de muçulmanos à mesquita sagrada de Al-Aqsa, em Jerusalém.

Se a transição ocorrer de forma pacífica, os EUA abrirão embaixada também na capital da Palestina.

Nota de Desacato: Os palestinos não foram consultados para a elaboração desse “plano” nem convidados para a apresentação, como se aconteceu com Netanyahu e o líder da oposição Benny Gantz.

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