Por Mariana Serafini.
A votação para eleger a nova Assembleia Constituinte da Venezuela, realizada neste domingo (30), teve grande participação popular. Mais de 8 milhões de venezuelanos compareceram às urnas, isso representa 41% dos eleitores aptos a votar. No país, o voto não é obrigatório.
Apesar dos ataques da direita que boicotou o processo eleitoral, a votação foi marcada por tranquilidade e ampla participação. Mais de 8 milhões de pessoas compareceram às urnas. Em 2015, quando a Mesa da Unidade Democrática – que reúne todos os partidos opositores de Maduro – foi eleita para o Congresso Nacional, participaram 7,7 milhões de eleitores. Ou seja, a votação para a Constituinte tem tanto respaldo quanto a última eleição realizada no país.
De acordo com a presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, “venceu a paz, e quando ganha a paz, ganha a Venezuela”. Assim que divulgou os resultados, ela felicitou o povo venezuelano pela “maravilhosa participação”. A população foi às urnas para eleger 537 dos 545 delegados que serão responsáveis por formular uma nova Constituição para o país. Os oito restantes serão eleitos em uma nova votação, voltada apenas para os indígenas.
Segundo o presidente, Nicolás Maduro, um dos principais objetivos da nova Carta Magna é tornar constitucionais os programas sociais desenvolvidos nos anos de chavismo. A ideia é garantir a continuidade deste processo que tirou milhões de venezuelanos da miséria, distribuiu renda e inseriu os jovens na universidade.
O voto foi direto e secreto. Dos 537 delegados eleitos, 364 são representantes territoriais, de todos os estados do país, e 173 são representantes setoriais. Isso significa que estão inseridos em algum núcleo de atuação social, como sindicatos, movimento estudantil, organizações de bairro, entre outros.
Analistas políticos consideram a votação uma vitória para a Revolução Bolivariana porque mesmo nos colégios eleitorais onde opositores tentaram impedir os eleitores de exercer o direito ao voto, houve um alto índice de participação popular.
Fonte: Portal Vermelho.