Damasco, 31 out (Prensa Latina) Mais de 50 mortos, entre eles 15 crianças, provocaram os ataques terroristas contra bairros civis em Alepo, Síria, nas últimas 72 horas, confirmaram hoje fontes do Ministério de Saúde.
Zajher Hajjo, diretor do Instituto de Medicina Legal dessa cidade, 350 quilômetros ao norte de Damasco, declarou a meios de imprensa que foram atendidos 293 casos de feridos, deles mais de 40 intoxicados com gases tóxicos.
Segundo foi informado, o hospital universitário de Alepo atendeu 47 pessoas, entre civis e militares, que apresentaram sintomas de envenenamento com substâncias como cloro, depois de ataques lançados pelos extremistas armados há 24 horas.
Tanto a Rússia como a Síria reiteram denúncias sobre essas ações indiscriminadas contra a população civil, que também foram denunciadas pelo enviado especial de Nações Unidas para Síria, Staffan de Mistura.
Os chamados incluem o denominado Grupo Internacional de Apoio a Síria para que influencie a oposição e contribua para acabar com esses ‘incessantes e cruéis ataques,’ indicam as fontes.
Nesse sentido, as autoridades sírias e representantes do Centro para a Coordenação do cessar fogo, na base russa de Hemymin, em Latakia, reiteraram que continuam abertos oito corredores humanitários em diversas regiões de Alepo para a evacuação de civis.
Essas áreas, pelas quais conseguiram escapar cerca de 100 pessoas arriscando suas vidas, são constantemente atacadas por franco-tiradores e artilharia dos terroristas, quem assassinaram mais de uma dúzia de ativistas que pediam um cessar fogo para manter as propostas de evacuação.
Enquanto isso, vários grupos terroristas coligados sob a direção da Frente para a Conquista do Levante, antes Al Nusra, continuavam seus ataques contra posições do Exército sírio e milícias aliadas em uma extensão de oito quilômetros ao sul e oeste de Alepo.
Nos contínuos enfrentamentos, os extremistas armados perderam oito tanques, cinco veículos de artilharia e cinco carros-bomba conduzidos por suicidas, além de sofrer 200 baixas, de acordo com fontes militares.
As autoridades sírias e representantes russos enfatizam que estão abertos a desenvolver negociações para que os civis abandonem as áreas em conflito com a condição de que os terroristas não aproveitem trégua alguma para continuar seus ataques, algo que até agora fazem sem respeitar os acordos.