Mais de 150 mil bascos formam cordão humano pelo direito de decidir por independência

Pais BascoUma corrente humana formada por mais de 150 mil pessoas se estendeu pelos 123 quilômetros que separam Durango e Pamplona neste domingo (08/06). Com o lema “Somos uma Nação”, a iniciativa defende que os cidadãos de Euskadi, Navarra e do País Basco francês tenham o direito “de decidir seu futuro como povo”.

Desde as primeiras horas da manhã, diversos ônibus chegaram de vários locais do País Basco e de Navarra para distribuir os participantes ao longo dos quilômetros ocupados pela manifestação. Os organizadores ressaltaram que esta mobilização conseguiu o fato inédito de reunir “diferentes sensibilidades políticas do povo basco”.

Manifestantes envoltos em bandeiras bascas nas cores vermelho, branco e verde levantaram as mãos unidas enquanto helicópteros sobrevoavam o cordão humano.

O ato, organizado pelo coletivo Gure Esku Dago (Está em Nossas Mãos), defendeu a participação de “todas as pessoas deste país” para decidir “o que queremos ser” e também a criação de um movimento civil que force os partidos a “abrir uma via basca para a autodeterminação”.

“Esta base se chama democracia. Se somos 3 milhões, a legitimidade que darão a essas pessoas, ao exercício do direito de decidir é que a converte em uma medida que pode ser materializada”, afirmaram os organizadores.

A iniciativa ocorre dez dias após o Parlamento Basco ter aprovado, com os votos dos deputados do Partido Nacionalista Basco e do partido independentista Bildu, uma moção a favor do direito de autodeterminação do País Basco.

Vídeo mostra mobilização com imagens aéreas:

Posição espanhola

O delegado do governo espanhol no País Basco, Carlos Urquijo, advertiu ontem, no entanto, que qualquer reclamação relacionada com a independência está fadada ao fracasso, e lembrou que a Constituição Espanhola se fundamenta “na indissolúvel unidade da nação”.

No final de maio, a região – que já conta com significativa autonomia e tem poderes para elevar os próprios impostos – proclamou o direito à autodeterminação, seguindo os passos do Parlamento regional da Catalunha, que aprovou uma declaração de soberania no ano passado.

O Tribunal Constitucional da Espanha disse à época que a declaração catalã era “nula e inconstitucional”, mas o governo catalão afirma continuar comprometido com a realização de um referendo sobre a secessão da Espanha em 9 de novembro.

Fonte: Ópera Mundi.

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