Lucinha Araújo, mãe do cantor e compositor Cazuza, morto em 1990 em função do HIV, escreveu uma carta aberta a Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação para protestar contra o uso mentiroso por parte do ministro de uma frase do filho. Ela diz que na entrevista à “Veja”, Vélez afirmou que Cazuza “pregava que liberdade é passar a mão no guarda”. Só que Cazuza nunca disse isso. Foi uma ‘piada’ de programa humorístico.
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Segundo a coluna de Ancelmo Góis, publicada no jornal O Globo, Lucinha escreveu: “se meu filho estivesse vivo, tenho certeza de que ele me pediria piedade (…) Mas como não sou ele e minha idade suprimiu os panos quentes, considero inadmissível uma pessoa, ocupando o cargo que ocupa, não ter a preocupação de, sem compromisso com a verdade, citar uma pessoa pública.”
A coluna ainda informa que “Lucinha — que, desde morte do filho, há 28 anos, dedica-se ao trabalho voluntário de amparar crianças, jovens e adultos soropositivos — lembra que Cazuza foi a primeira pessoa pública no Brasil a assumir sua condição de HIV positivo, ‘o que possibilitou a luta pelo acesso universal ao tratamento, o que fez do Brasil um país reconhecido mundialmente pelo programa de Aids’.”
E complementa: “no fim, ela escreveu que gostaria de deixar aberta a possibilidade de o ministro se retratar publicamente, ‘para que não seja necessário ter de tomar providencias jurídicas’.”
Imagem tomada de: Portal Vermelho.