Macri, o mariscal do inferno

Por Débora Mabaires, para Desacato.info.
Tradução: Raul Fitipaldi, para Desacato.info.

(Port./Esp.)

A Argentina está mergulhada num sopor desabilitante que é quase indescritível.

A crise econômica gerada pelas políticas de Maurício Macri não dá respiro ao povo trabalhador e todos os índices enunciados pelas consultoras estrangeiras ou locais advertem, com certa moderação, que o colapso é iminente.

Na realidade, nosso país já está em default, embora ninguém diga publicamente. O governo está tomando dívida externa para poder pagar os juros da dívida externa que tomou antes. Quando alguém não pode pagar suas dívidas, e recorre a um agiota, só está afundando-se mais um pouco.

O mecanismo é realmente perverso já que o brutal endividamento é parte do plano, e não uma “consequência climática”, como habitualmente quer impor com seu discurso o presidente.

A combinação da natureza e a as políticas de ajuste está dando como resultado crises sanitárias em diferentes lugares do país que, cuidadosamente, são silenciadas pelos meios de difusão massivos.

O nordeste argentino está sofrendo enchentes que estão terminando de aniquilar economicamente os produtores locais. Não houve resposta do Estado Nacional. Milhares de evacuados sobrevivem com a roupa que vestiam quando deixaram suas casas e graças à caridade privada. A crise sanitária está aí e bate na porta dos prefeitos, tão inundados como seus povoados e com tão escassos recursos econômicos como seus moradores.

Ao sul do país, a localidade turística de Epuyén, de 4 mil habitantes, na província de Chubut, está assolada pela hantavirose, transmitida pelos roedores. Com uma particularidade, essa cepa do vírus, chamada ANDES, se transmite de pessoa para pessoa.

O brote se manifestou em novembro, mas, a demorada reação dos alertas sanitários fez com que se disseminasse entre funcionários da saúde e parentes de doentes. A imprensa informou sobre o vírus quando já existiam várias mortes pela doença.

O Estado Nacional, que acaba de extinguir o Ministério de Saúde, reagiu da pior maneira: escolheu a repressão em lugar da assistência sanitária e a contenção. Enviou polícia para isolar em quarentena àquelas pessoas que poderiam ter estado em contato com o vírus, em lugar de enviar laboratórios móveis para obter mais cedo um diagnóstico correto.

Em nosso país tem dois institutos com a capacidade técnica de realizar os estudos que determinam a cepa correta do vírus: o Instituto Maiztegui e o Instituto Malbrán. A ordem do governo foi impedir que o Instituto Maiztegui fizesse as análises pelo que se colapsou a capacidade do Instituto Malbrán.

Esta decisão faz pensar se é que realmente pretendiam obter um diagnóstico precoce para poder salvar vidas, ou se estão fazendo uma prova piloto em uma localidade isolada, onde possam controlar rapidamente os danos, mantendo a mínima assistência médica e técnica. É muito sugestivo que desde que se proibiu ao Instituto Maiztegui realizar as análises, o tema do hantavírus desapareceu dos principais meios de difusão.

Na Argentina, o hantavírus é uma doença endêmica em algumas áreas, mas, só numa região se encontra a cepa que transmite a doença por contágio inter-humano. O índice de mortalidade desta última alcança o 40% dos infectados. Por essa razão o hantavírus foi catalogado como arma biológica.

As políticas econômicas do governo de Maurício Macri estão destinadas a destruir o Estado, porque só aqueles países que não têm um Estado assistindo os cidadãos podem ser colonizados e escravizados.

Aqueles que tentam buscar uma lógica às ações do governo estão com problemas, porque cada medida, cuidadosamente estudada, tem o mesmo fim: aniquilar as redes solidárias, a trama social, destruir a industrialização e espoliar riquezas, sejam naturais ou de serviço.

Enquanto nas cidades mais ricas da Argentina vemos crianças vasculhando no lixo para encontrar algum alimento; enquanto fecham escolas; desmantelam hospitais e milhares de pessoas moram na rua porque não têm como pagar um aluguel; enquanto a crise social se devora os setores mais pobres da população, os meios de difusão dedicam a maior cobertura midiática ao golpe de Estado na Venezuela, geralmente, dando seu aval.

Hoje a Argentina é terra arrasada. Quem vencer as eleições deste ano encontrará um país ajoelhado pelo Fundo Monetário Internacional; com uma dívida monstruosa e ilegal; com um Banco Central esvaziado; com um sistema de saúde destroçado; com milhões de pobres famintos; com seu sistema produtivo destruído; com as forças de segurança armadas até os dentes mergulhadas na corrupção; com seu espaço aeroespacial em mãos estrangeiras e com bases militares norte-americanas em diferentes pontos do país.

Macri conseguiu que toda a população argentina se tornasse crente: rezamos pelo milagre que possa tirar-nos do inferno que ele criou.

Tradução: Raul Fitipaldi, para Desacato.info

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Macri, el mariscal del infierno

Argentina está sumida en un sopor inhabilitante que es casi indescriptible.

Por Débora Mabaires, para Desacato.info.

La crisis económica generada por las políticas de Mauricio Macri no da respiro al pueblo

trabajador y todos los índices enunciados por consultoras extranjeras o locales, advierten con cierta moderación, que el colapso es inminente.

En realidad, nuestro país ya se encuentra en default, aunque nadie lo quiera decir públicamente: el gobierno está tomando deuda externa, para poder pagar los intereses de la deuda externa que tomó antes. Cuando alguien no puede pagar sus deudas y recurre a un prestamista, sólo está hundiéndose un poco más profundo.

El mecanismo es realmente perverso, ya que el brutal endeudamiento es parte del plan, y no una consecuencia climática, como habitualmente quiere imponer con su discurso el presidente.

La combinación de la naturaleza y políticas de ajuste, están dando como resultado crisis sanitarias en diferentes lugares del país que cuidadosamente son silenciadas por los medios de difusión masivos.

El Noreste argentino está sufriendo inundaciones que están terminando de aniquilar económicamente a los productores locales. No hubo respuesta del Estado Nacional. Miles de evacuados sobreviven con la ropa que tenían encima cuando dejaron sus casas y gracias a la caridad privada.  La crisis sanitaria está ahí, golpeando la puerta de los intendentes, tan inundados como sus pueblos y con tan escasos recursos económicos como sus pobladores.

Al sur del país, en Epuyén, provincia de Chubut, una turística localidad  de 4000 habitantes se encuentra asolada por el virus Hanta, que transmiten los roedores. Con una particularidad, esta cepa del virus, llamada ANDES, se transmite de persona a persona.

El brote se manifestó en noviembre, pero la lenta reacción de los alertas sanitarios  hizo que se diseminara entre personal de salud y parientes de los enfermos. La prensa informó cuando ya había varios muertos por la enfermedad.

El Estado Nacional que acaba de disolver el Ministerio de Salud, reaccionó de la peor manera: eligió la represión en lugar de la asistencia sanitaria y la contención. Envió policías para aislar en cuarentena a aquellas personas que podrían haber estado en contacto con el virus, en lugar de enviar laboratorios móviles para obtener tempranamente un diagnóstico correcto.

En nuestro país hay dos institutos con la capacidad técnica de realizar los estudios que determinen la cepa correcta del virus; el instituto Maiztegui y el instituto Malbrán. La orden del gobierno fue impedir que el instituto Maiztegui hiciera los análisis por lo que se colapsó la capacidad del Instituto Malbrán.

Esta decisión hace pensar si realmente pretendían obtener un diagnóstico precoz para poder salvar vidas; o si  están haciendo una prueba piloto en una localidad aislada, donde puedan controlar rápidamente los daños, manteniendo al mínimo la asistencia médica y técnica.  Es sugestivo que desde que se prohibió al instituto Maiztegui realizar los análisis, el tema del Hantavirus, desapareciera de los principales  medios de difusión.

En nuestro país, el hantavirus es una enfermedad endémica en algunas zonas, pero sólo en una región se encuentra la cepa que transmite la enfermedad por contagio interhumano.  El índice de mortalidad de esta última alcanza al  40% de los infectados, por esta razón el virus Hanta ha sido catalogado como arma biológica.

Las políticas económicas del gobierno de Mauricio Macri están destinadas a destruir al Estado porque sólo aquellos países que no tienen un Estado asistiendo a sus ciudadanos, pueden ser colonizados y esclavizados.

Aquellos que intentan buscar una lógica a las acciones de gobierno, están en problemas, porque cada medida, cuidadosamente estudiada, tiene el mismo fin: aniquilar las redes solidarias, el entramado social, destruir la industrialización y expoliar riquezas ya sean naturales o de servicios.

Mientras en las ciudades más ricas de Argentina, vemos niños revolviendo la basura para encontrar algún alimento; mientras cierran escuelas; desmantelan hospitales y miles de personas viven en las calles porque no tienen cómo pagar un alquiler; mientras la crisis social  se devora a los sectores más pobres de la población, los medios de difusión dedican la mayor cobertura mediática al golpe de Estado en Venezuela, generalmente, avalándolo.

Hoy Argentina es tierra arrasada. Quien gane las elecciones este año encontrará un país arrodillado  por el Fondo  Monetario Internacional con una deuda monstruosa e ilegal ; con un Banco Central vaciado; con su sistema de salud arrumbado;  con millones de pobres hambrientos; con su sistema productivo destruído; con fuerzas de seguridad armadas hasta los dientes sumergidas en la corrupción; con su espacio aeroespacial en manos extranjeras; y con bases militares norteamericanas en distintos puntos del país.

Macri ha logrado que toda la población argentina se haya vuelto creyente: rezamos por el  milagro que pueda sacarnos del infierno que él creó.

Imagem tomada de: noticiaspiratas.blogspot.com

Débora Mabaires é apresentadora, radialista e cronista. Mora em Buenos Aires.

 

 

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