Esta quarta-feira (4) amanheceu ao som de bombas no Afeganistão, especialmente na região de Helmand, no Afeganistão. Uma localidade nos arredores da cidade de Nahr-e Sara, que fica nessa província, foi bombardeada pelo exército dos Estados Unidos.
Segundo o coronel Sonny Leggett, porta-voz do exército estadunidense no país centro-asiático, o local escondia um suposto esconderijo do Talibã, de onde um grupo teria saído “e atacado um posto de controle das Forças de Segurança Nacional do Afeganistão, razão pela qual tivemos que fazer, um ataque defensivo”.
O curioso é que, horas antes do bombardeio, Donald Trump havia anunciado um acordo de paz com o Talibã para acabar com a guerra de 18 anos no país – foi iniciada por George W. Bush, meses depois do atentado de 11 de setembro de 2001, em Nova York. O acordo prevê a retirada de todos os soldados norte-americanos do território afegão, em um período de 135 dias. Atualmente os Estados Unidos mantêm cerca de 8,6 mil efetivos no país.
O presidente estadunidense chegou a publicar em seu Twitter que a delegação enviada pela Casa Branca teve “uma conversa muito boa”, com o principal líder do Talibã, o mulá Abdul Ghani Baradar.
No entanto, o secretário-geral da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, advertiu que, caso “as condições para a paz se deteriorem, e o Talibã não cumpra o acordo, os Estados Unidos podem se ver obrigados a aumentar novamente a presencia militar sobre o país”.