Povo Kaingang da TI Nonoai/Pinhalzinho/RS mobiliza-se contra a tese do Marco Temporal!

Fotos: Enviadas pelas lideranças Kaingang.

Por Claudia Weinman e Ivan Cesar Cima, com fotos das lideranças Kaingang.

O povo Kaingang da TI Nonoai/Pinhalzinho/RS, também está ocupando as rodovias nesta quarta-feira, para dar um basta a tese genocida do Marco Temporal. Além dos indígenas Kaingang de Nonoai, outras mobilizações no norte do Rio Grande do Sul acontecem, onde diversas comunidades retomaram a luta contra o Marco Temporal e em favor das garantias constitucionais dos direitos dos povos indígenas. As mobilizações estão sendo realizadas ainda em Iraí, na BR-386, em São Valentim, na RS-480 e em Getúlio Vargas, na rodovia que corta a Terra Indígena Ventara.

Confira as fotos da mobilização pelas lideranças indígenas Kaingang de Nonoai:

Fotos: Enviadas pelas lideranças Kaingang.
Fotos: Enviadas pelas lideranças Kaingang.
Fotos: Enviadas pelas lideranças Kaingang.
Fotos: Enviadas pelas lideranças Kaingang.

Votação: 

Nessa quarta-feira, dia primeiro de setembro, os ministros do STF irão analisar a ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente à Terra Indígena (TI) Ibirama-Laklãnõ, onde também vivem os povos Guarani e Kaingang. Com status de “repercussão geral”, a decisão tomada neste julgamento servirá de diretriz para a gestão federal e todas as instâncias da Justiça, também como referência a todos os processos, procedimentos administrativos e projetos legislativos no que diz respeito aos procedimentos demarcatórios.
Entenda como deve funcionar a votação:

O Marco Temporal representa a ampliação do genocídio indígena. Essa tese poderá ser utilizada para dizer que os povos indígenas só podem reivindicar terras onde já estavam na data de promulgação da Constituição Federal – 5 de outubro de 1988, ao contrário da “teoria do indigenato”, que reconhece o direito dos povos indígenas sobre suas terras como um direito originário.
Assista ainda:

A tese do Marco Temporal só beneficia a bancada ruralista, o agronegócio destruidor da vida e do meio ambiente, que responde aos interesses de um governo responsável por ceifar a vida de quase 600 mil brasileiros na pandemia da covid-19 e, nesse cenário do coronavírus, entre os povos indígenas, foram registrados mais de 58 mil casos de pessoas afetadas com a doença, mais de mil vidas perdidas e 163 povos atingidos.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.