O ex-vereador Raimundo Paulino da Silva Filho, 51 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça neste sábado (22) em Ourilândia do Norte, sudeste do Pará. Filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Paulino Além de pré-candidato para as eleições deste ano, Paulino atuava em uma área de conflito com grileiros de terra na região e relatou ter sofrido ameaças de morte no último período.
De acordo coma Polícia Civil, ele foi baleado na cabeça e não resistiu ao ferimento e acabou morrendo no local. Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar realizam diligências em busca dos autores dos disparos. Um inquérito será instaurado para apurar as circunstâncias do crime.
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Em nota, o PCdoB – Pará confirmou a morte um dos seus quadros no estado e exigiu “que as autoridades competentes apurem com rigor e descubram quem foram os executores e seus possíveis mandantes para que possam ser punidos com a aplicação justa da lei”.
Paulino também era um líder de trabalhadores rurais e coordenou ocupações de terras. Uma das mais significativas foi a fazenda 1.200, onde vivem 150 famílias da Associação 8 de Março, ligada à Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Pará (Fetagri-PA).
Essas famílias já passaram por vários ataques e tentativas de expulsão violenta das terras, sendo os mais recentes no ano passado. Paulino e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) acusavam o fazendeiro Eutimio Lippaus de coordenar os ataques. As informações da Agência Pública.
A ocupação é na área que corresponde a 25% da propriedade, que segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério Público Federal (MPF), é terra da União. Logo, destinável à reforma agrária e assentamento de famílias de trabalhadores rurais.
A briga na justiça vem desde 2006 e Paulino acompanhava esse processo. O ex-vereador afirmava ser ameaçado de morte pelo proprietário da fazenda e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) chegou a oferecer denúncia. Nunca houve condenação e alguns casos foram arquivados. Lippaus sempre negou as acusações.
MATO GROSSO
Esta é a segunda liderança rural do partido assassinada este mês. No último dia 14, Afonso João da Silva, presidente do PCdoB de Jaciara, em Mato Grosso e ativista por terra, foi assassinado no Assentamento União da Vitória, zona rural a 142 km de Cuiabá.
Afonso João foi encontrado morto com diversas perfurações de arma de fogo. Ele era líder do acampamento que existe há mais de 15 anos às margens da BR-364. Moradores da região relataram que ouviram tiros e que, ao se deslocarem para ver o que tinha acontecido, se depararam com Afonso sem vida, caído no chão.
A presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Luciana Santos, em nota, exige apuração rigorosa do assassinato do presidente municipal do PCdoB de Jaciara.
No comunicado o PCdoB exige das autoridades o rigor da Lei, que se investigue, julgue e prenda os culpados. Aos dirigentes, militantes e familiares, à solidariedade e o pedido de paz e justiça no campo. “Reverenciamos sua memória, seu legado em prol da luta pelos dos direitos do povo e expressamos nossos sentimentos e solidariedade à família do camarada Afonso”, disse Luciana Santos em nota.
NOTA DE PESAR
Neste sábado (22), o PCdoB Pará recebeu a triste notícia do assassinato cruel e covarde do camarada Paulino, grande liderança rural de Ourilândia do Norte, Sul do Pará.
Trabalhador Rural, líder sindical e ex-vereador de Ourilândia pelo Partido dos Trabalhadores, Raimundo Paulino da Silva Filho, o Paulino, atualmente somava a sua experiência militante aos quadros do Partido Comunista do Brasil.
Deixamos a nossa consternação com mais este crime bárbaro acontecido no campo e exigimos que as autoridades competentes apurem com rigor e descubram quem foram os executores e seus possíveis mandantes para que possam ser punidos com a aplicação justa da lei.
Nos solidarizamos com familiares, amigos (as) e apoiadores políticos de Paulino neste momento triste e difícil para todos nós.
Partido Comunista do Brasil – Pará
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