O líder do maior partido comunista do Nepal, Khadga Prasad Sharma Oli, foi nomeado primeiro-ministro depois de formar uma nova aliança no turbulento parlamento do país.
Uma declaração feita no domingo pelo gabinete do presidente disse que Oli, de 72 anos, fará seu juramento de posse na segunda-feira, a quarta vez que ele se torna primeiro-ministro.
Ele está substituindo Pushpa Kamal Dahal, cujo governo de 18 meses entrou em colapso na sexta-feira depois que o partido de Oli, o Partido Comunista do Nepal – Marxista Leninista Unificado, concordou com uma nova coalizão com o partido de centro-esquerda Congresso Nepalês.
Agora, Oli terá que ser bem-sucedido onde seu antecessor falhou no início desta semana, garantindo um voto de confiança no parlamento para continuar no cargo dentro de um mês. Os dois partidos têm mais da metade dos membros do parlamento necessários para uma votação majoritária.
De acordo com o novo arranjo de compartilhamento de poder, Oli e o presidente do partido Congresso Nepalês, Sher Bahadur Deuba, 78 anos, se revezarão no cargo de primeiro-ministro até a próxima eleição geral em 2027.
Oli entrou na política quando era adolescente e passou 14 anos na prisão por fazer campanha para derrubar a monarquia. Ele se filiou ao partido comunista em 1987, após sua libertação, e subiu constantemente na hierarquia.
Eleito pela primeira vez como primeiro-ministro em 2015, Oli foi reeleito em 2018 e renomeado brevemente em 2021 no parlamento do Nepal, que viu vários governos entrarem e saírem na última década.
O Nepal se tornou uma república federal em 2008, mais de uma década após uma guerra civil que culminou com a entrada dos maoístas no governo e a abolição da monarquia.
Mas os governos têm sido instáveis desde então, com a nação do Himalaia de cerca de 30 milhões de pessoas enfrentando desafios econômicos crescentes, especialmente após o impacto devastador da pandemia do coronavírus no setor de turismo do Nepal.
Conhecido por suas visões nacionalistas em um país ofuscado por seus vizinhos gigantes, China e Índia, Oli é visto como mais favorável a Pequim.
Com agências.
