DCM.- A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (5), a 16ª fase da Operação Lesa Pátria, que apura os responsáveis, apoiadores e financiadores dos atos terroristas promovidos por bolsonarista nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de Janeiro.
São cumpridos 53 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e Minas Gerais. Todos eles foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a PF, essa fase mira na “indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados”. Financiadores dos ônibus que transportaram os golpistas até Brasília são os principais alvos da investigação.
Estão entre os alvos dessa terça: a socialite Marici Junqueira de Andrade Bernade, de Araraquara (SP); Rodrigo Augusto Albani Borini, filho do ex-prefeito de Birigui (SP) Carlos Borini; e Rodrigo de Souza Lins, filiado ao PRTB e suplente na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul.
Em suas redes sociais, Lins fez diversas convocações para as pessoas “lotarem” e fazerem a “resistência civil” na frente dos quarteis. O bolsonarista também já posou ao lado do ex-deputado federal Daniel Silveira.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados, ressaltando que os danos causados ao patrimônio público possam chegar à R$ 40 milhões, segundo as estimativas de investigadores.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.