Por Marizar Mansilha de Melo e Décio Machado Monteiro.
Ao sair do DEM para o PSD, a Senadora Kátia Abreu saiu da oposição para se firmar, mesmo de forma “informal” como a 25ª Ministra do Governo Dilma, com poderes que extrapolam os ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Agrário, Integração Nacional, Relações Exteriores, Fazenda, etc e, até mesmo, a ex-toda poderosa Casa Civil. Sua habilidade política já coloca em xeque figuras históricas como Assis Chateaubriand (dentre muitos outros é claro), e pode ser inserida no rol das mais influentes de nossa história. Sua ascensão meteórica é um misto de inteligência e aproveitamento do bom momento do rentável agronegócio brasileiro, um dos poucos setores que conseguem resistir e obter lucros com a crise financeira internacional. À frente da CNA e coordenando a Bancada Ruralista no Congresso, vem absorvendo atuais políticas e impondo outras tantas estruturais, alterando leis que vão desde as alterações do código florestal, aquisição de terras por estrangeiros, código de mineração, etc… Ainda, atua fortemente em marketing de comércio exterior, da mesma forma como avança em programas da merenda escolar, programa de aquisição de alimentos, emissão de certidões para aposentadorias de trabalhadores rurais, Minha casa Minha vida, educação no campo e, mais etc… Como se não bastasse, está com atuação destacada na retomada estatal da assistência técnica e extensão rural no Brasil; sua habilidade política é tamanha que acaba por absorver todo campo brasileiro (tanto o que é produzido em cima quanto extraído debaixo dele). Com esta jogada de mestre, acabará por conseguir impor uma linha ideológica que, ao mesmo tempo, suplantará ambientalistas e os demais movimentos sociais do campo, transformando toda a agricultura familiar e as propriedades rurais numa grande integração para a produção de commodities agrícolas, energéticas e minerais. Gradativamente, abocanha a representação da agricultura patronal e familiar, assim como de todo conjunto de políticas agrárias, fundiárias e agrícolas.
Não satisfeita com seus predicados, caminha agora para salvar também o empresariado brasileiro frente a atual crise, ao repetir com muito mais perspicácia o que o regime militar fez ao aproveitar a política agrária de João Goulart em 1964, via promulgação do Estatuto da Terra. Seja tanto para ocupar nossas fronteiras, quanto para manter renda e produção agrícola capaz de alimentar nossa mão de obra com a crescente industrialização dos centros urbanos – tendo agora o grande diferencial, os altos lucros com a produção de alimentos e a valorização das commodities agrícolas e minerais no mercado internacional. Sem esquecer, é claro, dos futuros lucros do mercado de serviços ambientais, realidade que vem deslocando e mantendo, com muito mais estabilidade, a renda no campo. Ciente também das dificuldades de nossa indústria competir com chineses e indianos (vide o que tem “segurado” nossa balança comercial), pode se gabar da renda do campo para segurar nossa economia nacional e enfrentar a atual crise financeira e econômica internacional. A continuar neste ritmo, nossa estadista e “ministra” Kátia Abreu tem tudo para emplacar a realização imediata da Reforma Agrária e, com esse golpe de mestre, se cacifar para vôos mais altos. Não é a toa que o PMDB vem lhe assediando diuturnamente, pois com toda esta maestria, seria a única candidata em potencial para competir com Dilma e Lula no próximo pleito à Presidência da República. Quem não votaria numa mulher destas, que salvaria os empresários/industriários, empregados e sem-terra deste país?
Porto Alegre, 19 de julho de 2012.
*Marizar Mansilha de Melo é secretário geral do Sindicato dos Servidores Federais do Rio Grande do Sul – Sindiserf/RS e Diretor Estadual da CUT/RS.
*Décio Machado Monteiro é servidor do INCRA/RS.
Foto: http://carlossam.blogspot.com/
Esta senhora é realmente um fenômeno político brasileiro,comparações as vezes se fazem nescessárias,se vamos a uma entrevista para um cargo qualquer,apresentamos nosso CV,e sepois da entrevista nos dirão se merecemos oui não a tal posição,nomearam a Benedita da Silva que depois de haverem publicado que ela havia usado recursos públicos para ajudar gente da “igreja” dela,e a Marina Silva não ajudou o Brasil em nada que se considerasse de relevância,passou a maior parte de seu mandato levantando controvérsias e brigando com Lula,Dilma e outros,tanto que se candidatou a Presidente e perdeu para Dilma,e na vida privada foram insucessos,quanto a Senadora Kátia Abreu,foi Psicóloga,eleito pelo povo Deputada Federal e Senadora,não foi agraciada com nomeações,e provou ser uma tremenda agricultora e pecuarista na sua fazenda de viúva,criou e educou seus filhos e um é Deputado Federal e o outro está correndo para Vereador gente pelo povo,e ela por sua vez a chaman no linguajar popular “Mulher prá incardir” que não fica “pulando de galho em galho”e respeita os filhos e sua reputação como munher pública e privada é impecável,se devemos eleger uma Ministra para pôr quente fervendo para destravar o Código Florestal e ajudar o Brasil a trazer divisas e se projetar no cenário internacional e tornando-o um país de primeiro mundo, então a candidata certa para o cargo é a senhora Senadora Kátia Abreu,
Best regards,
Paul Halvatzis
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