Nesta quarta-feira (1º), o Supremo Tribunal do Reino Unido sentenciou Julian Assange, fundador do WikiLeaks, a 50 semanas (16 meses e meio) de prisão por violar a liberdade condicional.
“Você não se entregou à polícia por sua vontade, a embaixada no Equador foi forçada a dar acesso ao prédio para a polícia […] Você tinha uma escolha e eu rejeito todos os argumentos [atenuantes da sentença]”, disse a juíza Deborah Taylor, ao anunciar o veredito.
Ela disse também que a violação por Assange da liberdade condicional está “para além das acusações mais sérias apresentadas contra ele”.
Antes de ouvir a sentença, o fundador do WikiLeaks disse, através dos advogados, lamentar os atos praticados.
As audiências sobre a extradição de Assange vão continuar na quinta-feira (2) no Tribunal de Magistrados de Westminster.
Julian Assange foi detido em 11 de abril, após a decisão do presidente do Equador, Lenín Moreno, de retirar o asilo do ativista na embaixada equatoriana.
O ativista ficou famoso por publicar dados vazados secretos sobre, por exemplo, as operações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, bem como sobre as condições na prisão de Guantánamo.
Em 2010, o fundador do WikiLeaks, procurado pelas autoridades estadunidenses, viajou para a Suécia em busca de proteção, porém, acabou sendo acusado de estuprar duas mulheres. A acusação veio a ser arquivada pela Suécia, que revogou o mandado de captura.
Desde 2012, Assange estava morando na embaixada do Equador em Londres, após as autoridades equatorianas lhe terem concedido asilo.