O filme Judas e o Messias Negro, sobre a ascensão e queda do ativista Fred Hampton dentro do grupo Pantera Negras, chegou nesta quinta-feira (25/02) aos cinemas do Brasil.
Dirigido por Shaka King, a obra é inspirada em uma história real e conta como o jovem carismático Hampton, interpretado por Daniel Kaluuya, inspira uma geração de militantes da organização revolucionária e se consagra como presidente do grupo no Estado de Illinois.
Com a forte presença dentro da organização, o líder chama atenção da polícia federal dos EUA (FBI), à época ainda comandada por J. Edgar Hoover, que coloca um infiltrado no grupo a fim de conseguir informações sobre Hampton.
Em dezembro de 1969, aos 21 anos, Hampton foi assassinado. A ação teve ajuda dos detalhes fornecidos pelo infiltrado, William O’Neal, que no filme é interpretado por LaKeith Stanfield. O envolvimento da polícia federal na morte do militante só foi revelado anos depois.
Os Panteras Negras foram uma organização revolucionária norte-americana nos anos 1960 que lutava contra a violência e a segregação racial no país. O grupo não atuou somente no campo político, também fazendo trabalhos sociais, em especial nas áreas de alimentação e educação.
O filme chega aos cinemas após o assassinato de George Floyd, afro-americano que morreu sufocado por um policial branco, e das manifestações do movimento Black Lives Matter, que pede o fim da violência da polícia contra os negros nos Estados Unidos.
Em entrevista ao G1, o produtor da obra, Ryan Coogler, afirmou que a luta de Hampton ainda é a mesma e que suas declarações são “verdadeiras”. “Tudo o que Fred falava era verdadeiro. O sistema ainda está aqui. Estamos na mesma luta. Estamos lutando contra o mesmo sistema”, comentou o produtor.
Assista ao trailer de Judas e o Messias Negro: