Indígenas são vítimas contínuas, cotidianas e incessantes de pistoleiros matadores e dos fazendeiros mandantes.
São eles, hoje, alvos preferenciais, aniquilá-los compõe a saga dos que ambicionam à terra e todos os seus mananciais.
Os alvejam nas cidades, estradas ou no sertão, agem covardemente sem piedade, sem medo, obstáculos ou compaixão.
Os governantes fecham os olhos e fingem normalidade, negando-se ao combate das invasões, fragilizando todas as normas constitucionais e a legalidade.
O sangue derramado, no asfalto ou no capim, causa revolta e indignação, mas se tornará fermento de luta e transformação.
Os povos não se calarão diante da morte dos inocentes, da injustiça, do silêncio e da cruel destruição.
É preciso pôr um fim aos gestos, palavras e atos compulsórios que relativizam os crimes contra os filhos dos territórios originários.
Porto Alegre, RS, 20 de janeiro de 2023.
Por Roberto Liebgott, Cimi Sul – Equipe Porto Alegre.
A opinião do/a/s autor/a/s não necessariamente representa a opinião de Desacato.info.