João Pessoa: Terceirização do HU causa polêmica

Por Felipe Ramelli.

A terceirização do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa, vem sendo objeto de discussão na comunidade acadêmica. Amanhã, o Conselho Deliberativo do HULW fará uma reunião para discutir a adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que é vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e foi criada em dezembro do ano passado, após sanção da presidente Dilma Rousseff.

O superintendente do HULW, João Batista da Silva, se mostrou favorável à chegada da empresa para gerir o hospital. Segundo ele, a mudança vem ocorrendo em outras universidades do País e melhoraria o atendimento na unidade. “Estamos discutindo isso desde o começo do ano, mas espero que a universidade perceba que a empresa é a melhor opção para modernizar a gestão do HU hoje. Pelo menos 21 universidades já aderiram no País”, afirmou. O superintendente acredita que a mudança na gestão deve conseguir corrigir o déficit de servidores do HU e baratear a compra de materiais. “A empresa faz as compras em grande escala e isso contribui para a diminuição dos custos”, ressaltou.

A futura reitora Margareth Diniz, que assumirá o cargo em novembro, prega a cautela e o debate para definir o rumo da administração do HULW. Ela lembra que a princípio era contra a terceirização do hospital, mas reforça a importância de avaliar as possibilidades antes de qualquer decisão. “Nós poderíamos gerenciar o hospital se tivéssemos recursos para contratar servidores e comprar equipamentos. O problema é que a lei 12.550 atrela o Rehuf (Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais) à EBSERH e, por isso, o recurso só deve vir com a adesão. A situação é precária e a discussão é necessária para que não seja tomada nenhuma decisão precipitada”, avaliou Margareth, que considera o déficit de servidores um dos principais problemas do HULW.

Integrantes do Fórum Paraibano em Defesa do SUS e Contra as Privatizações mantêm posição contrária à terceirização do hospital. De acordo com Clodoaldo Gomes, um dos coordenadores do Fórum, o modelo não tem atingido os objetivos nas instituições que aderiram a essa forma de gestão.

Fonte: http://www.newsparaiba.com.br/

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