Por Marcelo Hailer.
O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) falou sobre as vacinas contra a Covid-19 na noite de ontem (2) ao se encontrar com apoiadores no Palácio da Alvorada. Bolsonaro declarou que, em eventuais efeitos colaterais ou algum tipo de “problema”, não poderá ser cobrado.
“Cada empresa tem a sua vacina. Vamos supor que numa das cláusulas da vacina que eu vou comprar a gente vai ter que ver o que eles oferecem. Vamos supor que lá no meio está escrito o seguinte: nos desobrigamos de qualquer ressarcimento, de qualquer responsabilidade com possíveis efeitos colaterais imediatos ou futuros”, disse.
Em seguida, Bolsonaro declarou que vai “mostrar todo o contrato” de compra das vacinas e que as pessoas, dessa maneira, vão saber o que estão tomando e as possíveis “consequências”, informa o jornal O Globo.
“Se tiver um efeito colateral ou um problema qualquer já sabem que não vão poder cobrar de mim. Porque eu vou ser bem claro, ‘a vacina é essa’”, avisou o presidente.
Bolsonaro também deu a entender que não vai tomar a vacina, pois, segundo o presidente, ele já está vacinado por ter contraído a Covid-19 em julho.
As declarações do presidente Bolsonaro colocam em dúvida as vacinas contra a Covid-19 que estão em vias de serem aplicadas nas populações ao redor do mundo e, consequentemente, alimenta movimentos antivacina que tem ganhado força nos últimos tempos.
Toda e qualquer vacina, antes de ser aplicada na população, passa pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No caso de ser uma produção estrangeira, o processo se dá da mesma forma.
Reino Unido e Rússia anunciaram que, a partir da semana que vem, iniciam a vacinação em massa contra a Covid-19.