IV Marcha dos Catarinenses defende o combate às injustiças sociais

marchaMovimento critica privatizações de diversos setores públicos, como Educação, Saúde e Segurança

Por Larissa Cabral.

A IV Marcha dos Catarinenses será realizada no dia 8 de maio, em horário ainda a ser definido na próxima semana. O ato é organizado pela Coordenação dos Movimentos Sociais de Santa Catarina (CMS) e, segundo o coordenador do movimento, Aldoir José Kraemer, tem como centro o combate às injustiças sociais e, sobretudo, a falta de acesso da população às políticas públicas, que acabam agravando problemas sociais. O tema foi tratado em pauta da reunião do CMS, nesta terça-feira (2), na sede Central do Sindicato dos Servidores Públicos de Santa Catarina – Sintespe, que reuniu entidades do movimento social e representantes da sociedade civil.

“Buscamos chamar a atenção do poder público e da sociedade, em geral, sobre questões importantes para resolver problemas sociais que imperam o desenvolvimento sustentável e geram injustiças e sofrimento à população, sobretudo à classe trabalhadora e os excluídos do sistema”, destaca. A quarta edição da Marcha será focada na denúncia de graves problemas, que debilitam a Educação, a Saúde e a Segurança estadual. “Criticamos a postura do Governo de se eximir da responsabilidade pelo serviço público de qualidade, repassando a outros compromissos seus”, ressalta. O CMS congrega 23 sindicatos e entidades ligadas a movimentos sociais e pretende atuar mobilizando os diversos setores dos movimentos sociais e sindical, para unificar a busca por conquistas sociais.

Para Kraemer, a privatização de serviços públicos pode ser percebida com a política de municipalização na Educação, terceirização do atendimento hospitalar às OSs, administração de presídios, fornecimento da alimentação escolar, entre outros. O coordenador acredita que tais medidas além de precarizar o emprego, reduzindo os direitos dos trabalhadores, encarece a gestão pública e diminui o acesso da população ao serviço público. “As escolas, os IMLs, o IGP estão em péssimas condições e é visível a falta de investimentos para equipar os departamentos de atendimento direto à população, o que nos leva a crer em uma estratégia que coloca a privatização como algo necessário.”

Segundo o CMS, uma mudaça de postura do Governo, que leve à revitalização do atendimento à população, construindo novos espaços, reformando e equipando setores sucateados, como escolas, presídios e hospitais é urgente. O grupo ainda sugere a importância de chamarem os profissionais concursados e/ou promover novos concursos para adequar o quadro efetivo.

Para o coordenador do movimento, é preciso adotar um plano de cargos e salários, que valorize os servidores públicos em geral. “No caso do Magistério, apesar das duas greves da categoria e da lei federal, que criou o Piso Nacional e estipulou melhor remuneração, ainda não se vê os direitos implementados”, alerta. Para Kraemer, esse cenário desestimula o ingresso de profissionais no ramo e nos demais órgãos do Estado.

Imagem: Marcha Popular.

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