Itália e Reino Unido proíbem voos do Brasil devido à nova variante do coronavírus.

Aeroporto Internacional Heathrow, em Londres, no Reino Unido. Foto: AFP

A Itália anunciou, neste sábado, 16, que proibiu os voos procedentes do Brasil devido a uma nova variante do coronavírus descoberta no país. “Assinei uma ordem que bloqueia os voos do Brasil e proíbe a entrada na Itália das pessoas que estiveram lá nos últimos 14 dias”, tuitou o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza.

“Qualquer pessoa que já esteja na Itália e que venha desse país deve fazer um teste (de detecção de covid-19) e entrar em contato com as autoridades de saúde”, destacou o ministro.

A Itália, o primeiro país europeu duramente afetado no início da pandemia, registrou mais de 2,3 milhões de casos de pessoas infectadas até o momento, das quais mais de 81 mil morreram.

Já o Reino Unido decidiu nesta quinta-feira 14 impedir a entrada no país de viajantes do Brasil e de outros catorze países. A proibição foi anunciada pelo ministro de Transportes britânico, Grant Shapps, e começa a valer nesta sexta-feira 15.

“Tomei a decisão urgente de PROIBIR CHEGADAS DE ARGENTINA, BRASIL, BOLÍVIA, CABO VERDE, CHILE, COLÔMBIA, EQUADOR, GUIANA FRANCESA, GUIANA, PANAMÁ, PARAGUAI, PERU, SURINAME, URUGUAI E VENEZUELA – a partir de AMANHÃ, 15 JAN, às 4h, após a evidência de uma nova variante no Brasil”, escreveu Shapps nas redes sociais.

Segundo o ministro, “as viagens de PORTUGAL para o Reino Unido também serão suspensas, devido às suas fortes ligações com o Brasil – como mais uma forma de reduzir o risco de importação de infecções”.

Na véspera, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que buscava estratégias para se proteger de uma ‘variante brasileira’ do coronavírus.

“Estamos preocupados com a nova variante brasileira… e estamos tomando providências” declarou  a uma comissão parlamentar. “Eu acho que é justo dizer que ainda há muitas questões sobre essa variante”.

A cepa em questão, encontrada no estado do Amazonas, foi identificada em viajantes que estiveram na região e voltaram ao Japão.

Segundo cientistas da Fiocruz, é possível que a nova linhagem seja mais transmissível, devido a duas mutações significativas na chama ‘proteína Spike’, que liga o vírus às células. Os pesquisadores, entretanto, ressaltam que os estudos ainda não são conclusivos.

Com informações de CartaCapital e AFP.

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