Israel pede que países não enviem ajuda a famintos de Gaza

Em documento a tribunal das Nações Unidas, país afirma ter “preocupação genuína” e nega todas as acusações

Foto: Omar Qattaa/Anadolu Agency

RBA.- Israel lançou ataques contra a África do Sul perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ). O regime sionista de Benjamin Netanyahu pede que a comunidade internacional não emita ordens de emergência para aumentar a ajuda humanitária a Gaza. Dessa forma, eles classificam as ações de ajuda como algo “moralmente repugnante”.

Em documento apresentado ao tribunal das Nações Unidas, que veio a público ontem (19), Israel argumenta que “tem uma preocupação genuína com a situação humanitária e com vidas inocentes, conforme demonstrado pelas ações que tomou e está tomando” em Gaza durante os conflitos. Contudo, a realidade é distinta. Mais de 31 mil palestinos mortos, maioria civis. Destes, mais de 60% mulheres e crianças.

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Assim, os advogados de Israel negam veementemente as acusações de causar deliberadamente sofrimento humanitário no enclave. Eles também afirmam que os repetidos pedidos da África do Sul por medidas adicionais constituem abuso do processo legal. O documento sustenta que as acusações da África do Sul, no pedido por novas medidas apresentado no dia 6, são “totalmente infundadas de fato e de direito, moralmente repugnantes e representam um abuso tanto da Convenção sobre Genocídio quanto do próprio tribunal”.

Genocídio em Gaza

Esta nova troca de manifestações entre as partes é parte do processo que a África do Sul impetrou no Tribunal Penal Internacional (TPI). O país acusa Israel de genocídio liderado pelo Estado em Gaza após os ataques do Hamas em 7 de outubro.

Em janeiro, o TPI ordenou que Israel se abstivesse de quaisquer atos que pudessem ser entrar no acordo global que tipifica os crimes em questão, a chamada Convenção sobre Genocídio. Além disso, que garantisse que suas tropas não cometessem atos genocidas contra os palestinos em Gaza.

Israel continua a negar qualquer intenção de atingir civis palestinos, afirmando que seu único objetivo é neutralizar o Hamas. No entanto, agências de assistência humanitária afirmam que a ajuda aos 2,3 milhões de habitantes de Gaza enfrenta severas restrições.

As medidas de emergência da CIJ servem como injunções temporárias, destinadas a evitar que uma situação piore antes que a corte possa analisar o caso completo, um processo que geralmente leva anos.

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