O exército israelense disse hoje, terça-feira, 10 de setembro, que era altamente provável que suas forças tivessem matado acidentalmente uma ativista turco-estadunidense durante um protesto na Cisjordânia ocupada na semana passada.
Aysenur Ezgi Eygi, 26 anos, foi morta com um tiro na cabeça na sexta-feira, na cidade de Beita, durante uma manifestação pacífica contra os assentamentos ilegais israelenses.
O exército israelense disse que um inquérito “descobriu que é altamente provável que ela tenha sido atingida indiretamente e sem intenção pelo fogo da Forças de Defesa de Israel (FDI)”.
Acrescentou que o fogo “não foi direcionado a ela, mas ao principal instigador do tumulto”.
Um ativista, que testemunhou o incidente, disse ao Middle East Eye que Eygi e outros voluntários do Movimento de Solidariedade Internacional se retiraram quando os soldados reprimiram a manifestação.
O ativista disse que as forças israelenses atiraram gás lacrimogêneo na multidão antes de disparar dois tiros de munição real contra o grupo, um dos quais atingiu Eygi na cabeça.
“Quando ela foi atingida, estava parada sem fazer absolutamente nada com uma outra mulher – foi um tiro deliberado porque eles atiraram de uma distância muito, muito, muito grande”, disse o ativista, que não quis ser identificado.
“Foi um tiro deliberado na cabeça”.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse que Ancara fará todo o possível para garantir “que a morte de Aysenur Ezgi não fique impune”.
“Continuaremos nossa luta contra Israel no mais alto nível, levando-a à Corte (Internacional) de Justiça”, disse ele.