Brutalmente espancado por seguranças da casa noturna Baccará Bar e Backstage, em Santos, no litoral de São Paulo, o jovem Lucas Martins de Paula, de apenas 21 anos, não resistiu e morreu na noite deste domingo (29), 22 dias após o ocorrido. É mais um exemplo do grau de intolerância atual, pois o rapaz sofreu as agressões porque reclamou que a conta se seu consumo tinha um acréscimo indevido de R$ 15,00, correspondente a uma cerveja. Em seguida, os seguranças foram chamados e o espancamento começou.
Esse tipo de violência, infelizmente, tem aumentado muito. É flagrante o fato de que, em muitos casos, há um despreparo das pessoas que atuam em empresas de segurança privada, que acabam agindo como se fossem integrantes de forças públicas, intimidando e agredindo, especialmente jovens. No Rio de Janeiro, inclusive, foi registrada a formação de milícias, uma das principais causas da violência no estado.
No início da noite deste domingo, Lucas de Paula não resistiu ao quadro grave e faleceu. De acordo com nota da Santa Casa de Santos, o paciente, mesmo no período em que ficou sem sedação, não demostrou qualquer resposta neurológica.
Durante a semana passada, o empresário Vitor Alves Karam, proprietário do bar, e dois seguranças foram indiciados, um deles, segundo a polícia, se omitiu no momento das agressões, fato registrado por câmeras de monitoramento.
Fiscais da prefeitura de Santos ordenaram que o Baccará encerrasse as atividades, quatro dias após as agressões. “O estabelecimento teve o alvará de funcionamento negado, em virtude de suas instalações descumprirem a legislação municipal”, informou a nota da prefeitura.
Lamentável, muito triste! A que ponto chegou a intolerância?! Espero que não só os seguranças, mas o dono inclusive, sejam responsabilizados criminalmente.