Intervenção Federal no RJ pode ser suspensa para votar Reforma da Previdência

A hipótese foi levantada em dois momentos pelo governo federal em entrevistas e declarações. Uma pelo Ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna, outra diretamente por Michel Temer.

Foto: Reprodução

Intervenção Federal que teve início no dia 16 de fevereiro no Rio de Janeiro, pode ser interrompida pelo governo de Michel Temer para aprovação da Reforma da Previdência.

Segundo a lei, a tramitação de emendas constitucionais fica impossibilitada de acontecer durante o período da intervenção federal. Isto aconteceu com a PEC 287/2016, que alteraria as regras para obtenção da aposentadoria para a grande maioria da população brasileira.

Em entrevista EBC (Empresa Brasil de Comunicação), no dia 25, Temer afirmou: “Como depende de votação em primeiro e segundo turnos, de repente pode suspender a intervenção”. No dia anterior, havia se reunido com cem cerca de cem empresários norte-americanos e reafirmou que “a mensagem que passou ao mercado” é que haverá Reforma na Previdência independentemente de quem ganhar as eleições.

De acordo com Temer, a manobra dependerá de conversas que acontecerão entre os dias das eleições, 7 e 28 de outubro.

A possibilidade de pôr fim a intervenção federal foi ressaltada pelo Ministro da Defesa Silva e Luna em entrevista ao UOL nesta quinta, 27. Buscando remarcar a “eficácia” da intervenção, afirmou que já existe um plano de transição pronto e basta uma sinalização de Temer para ser posta em prática.

Apesar de não ter sido aprovada a Reforma da Previdência, Temer busca se reunir com os interessados pelo golpe, que estão e sempre estiveram, por trás das cortinas, para mostrar que sua escolha e incentivo ao golpe institucional foi acertada. Se empenha em explicar a eficiência de sua intervenção no Rio de Janeiro e abrir espaço para que estes cem empresários possam lucrar ainda mais sobre as costas dos trabalhadores brasileiros e a população pobre.

Estes mesmos empresários que hoje se reúnem com Temer dão sinalizações, através da “quebra e alta do dólar” na bolsa de valores, sobre o que deve ser feito na política do país, sobre o direito dos trabalhadores e qual o rumo que a justiça brasileira deve tomar, seja com a Lava-Jato ou posições do STF.

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