Inteligência contra violência fascista

Por Fernando Nogueira da Costa.

Os fascistas tupiniquins estão se utilizando da violência brutal que os caracteriza para a perseguição política dos que alertam para o perigo que eles representam caso sejam bem sucedidos em dar o seu planejado golpe no Estado Democrático de Direito. Fora os cidadãos comuns que sofrem constrangimentos e intolerância por parte dos “camisas-negras” fantasiados de verde-e-amarelo, já ameaçaram figuras públicas como Chico Buarque, Ciro Gomes e Juca Kfouri, entre outras pessoas dignas que se rebelam contra eles. A melhor arma contra a burrice é a inteligência. Toda a inteligência brasileira se alia contra os fascistas!

Leia abaixo a crônica-resposta de Juca Kfouri (FSP, 03/04/16) no Caderno de Esportes de um jornalão do PIG, que antes tinha um certo pudor de voltar à época em que apoiou o Golpe e a Ditadura Militar no Brasil. Mas tantos oportunistas estão jogando suas biografias de supostos democratas na lata-de-lixo da história…

“NESTES DIAS uma questão paira sobre o Brasil: o impeachment de Dilma Rousseff é golpe ou não é?

Um lado diz que sim e grita que não vai ter golpe.

O outro diz que não e argumenta que está previsto na Constituição.

Quem não é nem de um lado nem de outro pergunta: “Afinal, quem está com a razão?”.

Se é difícil responder, o motivo é simples: os dois lados não falam sobre a mesma coisa.

O que todos falam é que vivemos um fla-flu político, daí usar, aqui, linguajar do futebol para tentar entender a bola dividida.

Na verdade, a atual política brasileira é jogo de várzea, empatado 0 a 0. O mandante só tem a vantagem de ter vencido o jogo anterior.

Os dois times estão distribuindo caneladas a granel, mas tem gente no time que perdeu a última partida que passa de qualquer limite: gente que fez umas dez faltas dignas de expulsão.

O juiz, em vez de expulsá-la, continua contemporizando, o que deixa parte da torcida furiosa, com razão.

Eis que o mais desleal juntou o time todo para exigir a expulsão da capitã adversária, por ironia a única que não cometeu nenhuma falta grave em campo. O motivo para expulsá-la? Ela cobrou um lateral com os pés dentro do campo.

Falta leve que, se fosse motivo de expulsão, teria que tirar uns 16 jogadores de campo.

Agora, pense: como você reagiria se quisessem expulsá-lo por causa da cobrança mal feita de um lateral, que um monte de jogadores já cobrou do mesmo jeito e no mesmo jogo sem problemas? Você diria que a expulsão é um absurdo.

Você reagiria, alto e bom som: “Essa expulsão é um absurdo, um golpe” (para deixar mais dramático).

Daí, alguns comentaristas do jogo, que fingem não torcer pra ninguém, chamam um especialista em arbitragem para dizer que não, a expulsão não é absurda, porque o cartão vermelho existe, está na regra.

Percebe que não se fala da mesma coisa?

Ninguém disse que todas as expulsões são ilegais.

Um lado está falando só que esta expulsão, por uma falta que não é grave, é roubo.

Já o outro lado responde que a expulsão está certa, porque a regra prevê expulsões. Ponto.

A torcida contra aproveita e grita que quando expulsaram outro jogador, meros 24 anos atrás, os mandantes de hoje em dia não chiaram.

Convenientemente omitem o fato de que o lance foi inteiramente diferente. Afinal, não é porque você apoiou uma punição uma vez que apoiará todas em qualquer situação.

É como dizer “ei, você não pode prender alguém por levar vinagre na mochila e usar lenço hipster no pescoço!”.

E vem um juiz e diz: “Desculpa filho, tá escrito na lei que a polícia pode prender pessoas”.

Não é a mesma coisa, deu pra entender?

Então, a situação do jogo é esta: se você torce para um time ou para o outro, ou quer que os dois sejam eliminados, você tem todo direito.

Só não esqueça que a vitória roubada não é legítima, que sem respeito às regras não tem jogo. E que uma expulsão ilegal, nestas alturas do campeonato, pode virar um tremendo quebra-pau no estádio, pode virar tragédia.

Se você acha que vale arriscar só para ver o rival derrotado, lamento dizer que não estamos no mesmo time.”

Antifascismo

 PS1:O Movimento Endireita Brasil, grupo fascista, publicou na noite de sexta-feira (1º) em sua página em uma rede social uma oferta de R$ 1.000 a quem hostilizasse o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) no restaurante em que jantava em São Paulo.

No texto, o grupo descreveu o restaurante onde Ciro estava, concluindo: “Se alguém estiver por perto, hostilize o cara. Mas ele é esquentadinho. Filmem”.

Em resposta, Ciro divulgou um vídeo gravado por seu filho ainda quando estavam no restaurante, ironizando a oferta.

PS2:

O Movimento Vem Pra Rua, um dos grupos neofascistas, inaugurou um painel em frente à FIESP, que lhe paga para servir de massa-de-manobra em defesa de interesses mesquinhos, comos a intenção de incentivar a perseguição política a deputados federais contrários ou indecisos em relação à votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Via violência amedrontarão só os covardes!

Fonte: Blog do Fernando Nogueira da Costa.

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