Texto de Claudia Weinman e Ivan Cesar Cima, com fotos de Mário Rodrigues de Oliveira.
No norte do RS, na BR-386, em Iraí, comunidades Kaingang dão sequência nesta quarta-feira, 25, a mobilização, iniciada ontem, terça-feira, dia 24, contra o Marco Temporal e em defesa da vida dos povos indígenas.
Na luta pela vida e contra os projetos da morte, os povos indígenas concentram forças em diversos territórios do país. Em Brasília, um grande acampamento foi retomado no domingo, dia 22 e já reúne aproximadamente seis mil indígenas, de mais de 173 povos.
Repercussão Geral
Via: Terra de Direitos.
A agenda de luta dos povos indígenas é extensa e deve permanecer em Brasília até outubro om diversas atividades e mobilizações diferenciadas. Até o dia 28 de agosto pelo menos, a mobilização é contra a tese do marco temporal, que faz parte de uma agenda anti-indígena que está em curso. O julgamento considerado “do século”, está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) na data de hoje, dia 25 de agosto e pode definir pela ampliação ou não do genocídio indígena. Nesse caso, a Corte vai analisar a ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente à TI Ibirama-Laklãnõ, onde também vivem os povos Guarani e Kaingang. Em 2019, o STF deu status de “repercussão geral” ao processo, o que significa que a decisão servirá de diretriz para a gestão federal e todas as instâncias da Justiça no que diz respeito aos procedimentos demarcatórios.
Conforme divulgado pela assessoria de comunicação do acampamento Luta pela Vida, “mais de 160 mil pessoas assinaram uma carta aberta ao Supremo Tribunal Federal (STF) manifestando sua posição contra a tese do chamado “marco temporal” e pedindo que a Corte proteja os direitos constitucionais dos povos indígenas, sob grave ameaça neste momento no Brasil”.
Conheça os elementos das 10 teses defendidas pelos ruralistas e porque representam o genocídio dos povos indígenas:
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Acompanhe as fotos da mobilização dos povos indígenas em Iraí/RS, nesta manhã:
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