Quando se cumprem 208 anos da Revolução de Maio, a data que abriu o caminho à definitiva independência da Espanha, milhares e milhares de argentinos, famílias inteiras, e setores como os docentes, médicos, juizes, bancários, servidores enviaram com esta concentração uma mensagem ao Executivo de Mauricio Macri: não mais o FMI.
Enquanto o mandatário realizava na Quinta das Oliveiras, residência presidencial, o tradicional almoço junto a membros de seu gabinete, nas ruas a efervescência social começava a sentir-se com força com frases como ‘Não ao FMI e ‘A pátria está em perigo’, que também retumbava nas redes sociais como Twitter e Facebook.
As principais redes televisivas seguiram com atenção a marcha e mostraram ao vivo as imagens, realmente impactantes, onde as cores da bandeira celeste e branca desta nação se defendia nas praças e avenidas em resposta à decisão do Governo de pedir ajuda financeira ao Fundo, no meio da inevitável subida do dólar, que se sente também na cesta básica. Mais de 40 organizações sindicais, sociais, de direitos humanos, políticas, religiosas e multissetoriais convocaram a manifestar-se contra os constantes tarifaços nos preços dos serviços básicos e o corte no setor estatal que têm trazido várias demissões.Um palco com uma grande tela instalada aos pés do Obelisco foi montado pelos organizadores desta convocação, à que se somaram também um grupo de atores com um video no que convidaram a somar à mobilização, entre eles Pablo Echarri, Liliana Ferreiro, Cecilia Roth, Leonardo Sbaraglia e Darío Grandinetti.’Neste 25 de maio a Pátria está em perigo. Dizemos não ao FMI, à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) e ao ajuste neoliberal da Aliança Mudemos, instrumentos para a dominação do povo argentino. Não os deixaremos passar’, escreveu em twitter o prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel.
Estamos repudiando a política de ajuste, que está cada vez mais presente, apontou ao canal C5N um dos tantos manifestantes entretanto outra senhora, que portava um cartaz com as cores da banderam sublinhou: venho por minha pátria e para deixar-lhe uma pátria aos meus netos.
Espera-se a leitura de uma proclamação popular, redigida por várias organizações, e que todos em uníssono cantem o hino nacional nesta data histórica.
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