II Encontro Nacional de Crianças de Axé debate religiosidade, infância e direitos

Evento acontece em Paulista e reúne crianças de comunidades pertencentes a doze estados brasileiros

Atividades acontecem no último fim de semana do mês de maio / Rennan Peixe/Divulgação

Nos dias 25 e 26 de maio, acontece o II Encontro Nacional de Crianças de Axé, com o tema “O corpo como brinquedo e o direito à religião na infância”, abordado nas diversas vivências, que surgiram a partir da construção de um espaço de fortalecimento dos direitos na infância e da preservação do universo lúdico infantil das crianças pertencentes às religiões de matriz afro-indígena do Brasil. O evento acontece no Terreiro Nagô, Ilê Axé Orixalá Talabi (Terreiro Axé Talabi), sediado na rua Orobó, nº 257, no bairro de Paratibe, em Paulista (PE) e reconhecido pelo IPHAN como Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana.

O encontro possibilitará um intercâmbio afetivo e cultural entre lideranças e crianças de comunidades tradicionais de matriz africana de doze estados brasileiros, entre eles: Pernambuco, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, São Paulo, Pará, Alagoas, Acre, Ceará, Mato Grosso e Rio Grande do Norte. Será realizado um conjunto de vivências, que abordarão os saberes ancestrais que utilizam o corpo e a memória como ferramentas de propagação do axé, a força vital, fundamental para o desenvolvimento educacional, cultural e cidadão das crianças. Crianças de 04 a 12 anos podem participar com um acompanhante.

A programação contará com atividades no universo da música, do meio ambiente, da capoeira, da contação de histórias e das brincadeiras tradicionais de terreiro. Vai haver, também, o lançamento da Rede Omodé Àse – Rede Nacional de Afeto e Proteção das Crianças de Axé, organismo colaborativo que servirá de instrumento para defesa dos diversos direitos das crianças, sobretudo os que tangem o direito à vida, à família, à educação e ao livre exercício da religião. Toda documentação de fundação da rede será apresentada e assinada pelas lideranças nacionais presentes, que representam os mais diversos seguimentos afro-indígenas religiosos (candomblé, umbanda, jurema, tambor de mina, entre outros).

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