O EPRACUAMA foi idealizado e é realizado pelo Coletivo Kurima – Estudantes Negras e Negros da UFSC e a Kurima Bantu Mulheres MUDEMPODIRO e tem o apoio do Fórum das Artes Negras da Cena – FANCA, da coordenação de Artes Cênicas, vai acontecer junto ao 8° Maçã em Fatias e faz parte das atividades dos 10 anos se Artes Cênicas.
O EPRACUAMA teve sua 1ª edição em 2016, no período da ocupação das universidades e tem o intuito de promover a ampliação de espaços para práticas culturais e das artes de matrizes africanas, ainda pouco presentes no meio universitário brasileiro. Objetiva principalmente dar acesso a aprendizagens, trocas, produção e discussões sobre cultura e arte negras, tornando presentes no espaço acadêmico as epistemologias africanas e afrobrasileiras desta área.
O EPRACUAMA pretende colaborar com uma formação mais ampla e democrática, sendo uma ação voluntária do coletivo de estudantes negras e negros e entidade de mulheres negras que vêm, há anos, aplicando, por meio da educação, arte e cultura, a Lei Federal 10.639/03 que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Africana e Afrobrasileira. Lei Federal que existente há 15 anos, mas que tendo sua aplicação negligenciada no espaço acadêmico, devido a presença ostensiva do racismo institucional, precisa dos esforços de frentes pontuais para que seja efetivada.
O evento pretende dar visibilidade à diversidade epistemológica existente em nosso país e no mundo, para que com o conhecimento e informação tenhamos uma formação realmente qualificada, humana, crítica e ética que nos impulsione a superar o racismo estruturado em nossa sociedade e a desconstruir o pensamento colonial (nocivo a todos os povos), bem como as práticas de discriminação e exclusão, que criam violências e preconceitos interseccionados.
Seguindo a lógica necessária de nossas transições humanas, atuaremos a partir de uma perspectiva afrocentrada, que requer uma consciência atuante pela reconexão com nossos valores civilizatórios de África, da participação de todos os povos para o equilíbrio social e planetário. Trata-se de um espaço de UBUNTU (eu sou porque você é), onde também, procuraremos levantar demandas e encaminhamentos para que sigamos nos movendo, transformando e vivendo com mais Ombembwá (Paz).
Todas as atividades serão realizadas na Caixa Preta (Térreo do Bloco D do CCE) – UFSC Trindade
PROGRAMAÇÃO:
20/10 e 21/10 (sábado e domingo)
Residência Artística – Presenças Negras em Cena: Corpos e Sentidos- Compondo também a programação do 8º Maçã em Fatias
13h às 19h – no Caixa Preta- Bloco D do CCE
Proposta: Vivências individuais e coletivas pelo fazer musical e performances de preparação para as práticas cotidianas e artísticas.
Artistas ministrantes: Roberta Lira e Mateus Aleluia
Artistas convidadas/os
Voz e Violão: Mateus Aleluia
Voz e Cena: Roberta Lira
Violão: Jylson Martins
Percussão: Dário Cunha
Público Participante: Coletivos, CA’s, discentes e docentes.
A atividade é interna, voltada para formação da equipe de produção e colaboradores do II EPRACUAMA, para a qualificação e fortalecimento das atividades que serão oferecidas na programação.
22/10 (segunda-feira)
18h40 – Abertura oficial do II EPRACUAMA
19h – Aula-Show Afro-Erudita com o músico Mateus Aleluia e lançamento do livro “Nós, os Tincoãs” e dos álbuns: “Fogueira Doce” e “Os Cinco Sentidos”, de sua autoria.
Evento gratuito e aberto ao público. Retirada de senhas poderão ser feitas uma hora antes do evento. Sujeita à lotação do espaço.
23/10 (terça-feira)
13h – Cantos Negros: Tecnologias de (Re)Existências que Alimentam e Nutrem Almas
Artista ministrante: Roberta Lira
Ementa: Na oficina serão trabalhados alguns caminhos de experimentações com o canto e as relações entre a presença corporal, a atmosferas internas e externas e os diversos elementos que sensibilizam, alimentam e nutrem a alma por meio das sonoridades de matriz africana. Experimentos entre práticas de consciência corporal e performance, em uma proposta de imersão coletiva com os cantos negros, identificados pela pesquisadora como tecnologias de (re) existência em seu diferentes processo em desenvolvimento que fazem parte dos trabalhos de pesquisas de cantora, atriz e produtora cultural Roberta Lira.
Facilitando as reflexões sobre existência, valores ancestrais e a busca de caminhos de (re)sistência à violência colonial contemporânea, para sua superação, harmonização individual e coletiva.
Número de vagas: 40
Evento gratuito.
A solicitação de inscrição deverá ser enviada para o email [email protected] informando no assunto o nome da atividade e, no corpo da mensagem, nome completo, idade, telefone, número do RG e do CPF. As inscrições serão feitas por ordem de chegada dos pedidos e a produção enviará um email confirmando a participação.
24/10 (quarta-feira)
18h30 – Vivência em Dança dos Orixás: Iyàgabà
Artista ministrante: Professora Ana Paula Cardozo
Sinopse: Ìyagbà (lê-se yaba) – palavra de origem Yorubá que significa mãe senhora e faz menção ao poder ancestral feminino. Ìyagbà é o trabalho desenvolvido por Ana Paula Cardozo Silva, que intenta desenvolver o conhecimento dos valores tradicionais da cultura yorubá através da dança e do canto, entendendo que o corpo é veículo de asé (força vital) e de informação ancestral. A vivência aborda a cultura afro-brasileira e do oeste africano através dos ritmos, dos cantos e das danças, com especial enfoque aos valores civilizatórios presentes nessa matriz cultural como a coletividade, o cooperativismo, a ludicidade, a circularidade, a corporeidade, a energia vital (axé), o respeito, a oralidade e a territorialidade.
Número de vagas: 40
Evento gratuito.
A solicitação de inscrição deverá ser enviada para o email [email protected] informando no assunto o nome da atividade e, no corpo da mensagem, nome completo, idade, telefone, número do RG e do CPF. As inscrições serão feitas por ordem de chegada dos pedidos e a produção enviará um email confirmando a participação.
25/10 (quinta-feira)
19h – Espetáculo: Vô me esconde aqui!
Sinopse: Chove torrencialmente! Curalina Fosfosol precisa se esconder da chuva. Entra num recinto e dá de cara com o público. Aproveita o momento para compartilhar suas emoções e se satisfazer com o prazer de contar histórias enquanto espera a chuva passar. Compartilha uma história de aventura e um amor nada convencional. Quando a chuva passa, se despede e continua sua jornada pela vida…
19h 45min- Roda de conversa com o tema: Representatividade Negra e Descolonização por meio da Palhaçaria
Atriz/palhaça: Drica Santos
Direção: Karla Concá / As Marias da Graça
Assistente de Direçaõ: Vera Ribeiro / As Marias da Graça
Figurino: Nazareth de Medeiros
Produção Executiva e técnica: Luciana Santos
Projeto Gráfico: Daniel Olivetto
Evento gratuito e aberto ao público. Retirada de senhas poderão ser feitas uma hora antes do evento. Sujeita à lotação do espaço.
26/10 (sexta-feira)
19h – Mesa Redonda – As Artes Negras da Cena e a Movimentação da Branquitude
Convidadas:
– Drica Santos – Atriz, palhaça e Professora Dra. (Teatro – UDESC)
– Lia Schucman – Psicóloga e Professora Dra. (USP)
– Roberta Lira – Cantora, atriz e Professora mestranda (PGET – UFSC)
– Renata Lima – Psicóloga e mestranda (PPGP – UFSC)
– Fátima Costa de Lima – Professora Dra (Teatro –UDESC)
Número de vagas: 40
Evento gratuito.
A solicitação de inscrição deverá ser enviada para o email [email protected] informando no assunto o nome da atividade e, no corpo da mensagem, nome completo, idade, telefone, número do RG e do CPF. As inscrições serão feitas por ordem de chegada dos pedidos e a produção enviará um email confirmando a participação.
Ficha Técnica
Realização: Coletivo Kurima – Estudantes Negras e Negros da UFSC e Kurima Bantu Mulheres Mudempodiro.
Idealização, Coordenação Geral e Pedagógica do EPRACUAMA: Artista, Profa. e Mestranda da PGET(UFSC) Roberta Lira
Organização: Coletivo Vozes de Zambi, Coordenação de Artes Cênicas, Coletivo Kurima – Estudantes Negras e Negros da UFSC e Kurima Bantu Mulheres Mudempodiro.
Equipe Kurima Bantu Mulheres e Coletivo Kurima:
Coordenação Geral e Pedagógica do EPRACUAMA: Roberta Lira
Produção Executiva: Sandra Santos Costa e Mwewa Lwmbwe
Produção: Alê Abreu e Amanda Duarte
Realização: Coletivo Kurima – Estudantes Negras e Negros da UFSC e Kurima Bantu Mulheres Mudempodiro.
Organização: Coletivo Vozes de Zambi e Coordenação de Artes Cênicas, Coletivo Kurima – Estudantes Negras e Negros da UFSC e Kurima Bantu Mulheres Mudempodiro.
Equipe Kurima Bantu Mulheres e Coletivo Kurima:
Coordenação Geral e Pedagógica do EPRACUAMA: Roberta Lira
Produção Executiva: Sandra Santos Costa e Mwewa Lwmbwe
Produção: Alê Abreu e Amanda Duarte
Apoio organização FANCA:
Consultoria e Pós-Produção Audiovisual: Profa. Dra.Clélia Mello (UFSC)
Consultoria: Profa. Dra. Fátima Costa de Lima(UDESC)
Organização Geral: Profas. Dras. Débora Zamarioli, Priscila Genara e Profa. Mestranda da PGET Roberta Lira (UFSC)
Apoio:
Coletivo Vozes de Zambi, 8° Maçã em Fatias, FANCA, Coordenação do Curso de Artes Cênicas, Projeto 10 Anos de Artes Cênicas, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução – PGET, CCE, CFH, SINTUFSC, Secarte/ Edital Pró-Cultura e Fórum dos Movimentos Estudantis Negros (FOMOVEN).